Artigo de Periódico
Circulating inflammatory mediators as biomarkers of ocular toxoplasmosis in acute and in chronic infection
Fecha
2020-10Registro en:
1938-3673
Autor
Ana P. M. P. Marino
Luara Isabela dos Santos
Priscilla Miranda Henriques
Ester Roffe
Daniel Vítor de Vasconcelos Santos
Alan Sher
Dragana Jankovic
Matheus de Souza Gomes
Laurence Rodrigues do Amaral
Ana Carolina Campi Azevedo
Andréa Teixeira de Carvalho
Olindo Assis Martins Filho
Ricardo Tostes Gazzinelli
Lis Ribeiro do Valle Antonelli
Institución
Resumen
A toxoplasmose é altamente endêmica em todo o mundo. No Brasil, dependendo da região geográfica e do nível socioeconômico, 40 a 70% dos indivíduos tornam-se soropositivos em algum momento de suas vidas. Uma proporção significativa de indivíduos cronicamente infectados por Toxoplasma gondii que são imunocompetentes desenvolvem lesões oculares recorrentes. Os mecanismos inflamatórios/imunes envolvidos no desenvolvimento da lesão ocular ainda são desconhecidos e, apesar da investigação prévia, não existem biomarcadores imunológicos confiáveis para prever/acompanhar o desfecho da doença. Para entender melhor o impacto da resposta imune no controle do parasita e na imunopatologia da toxoplasmose ocular, e para fornecer informações sobre biomarcadores putativos para monitoramento da doença, avaliamos a produção de um grande painel de mediadores imunes circulantes em um estudo longitudinal de pacientes com infecções pós-natais adquiridas toxoplasmose estratificada pela presença de acometimento ocular, tanto na fase aguda inicial quanto 6 meses depois durante a infecção crônica, correlacionando-as com a presença de acometimento ocular. Observamos que pacientes infectados por T. gondii, principalmente na fase aguda da doença, apresentam níveis elevados de quimiocinas, citocinas e fatores de crescimento envolvidos na ativação, proliferação e migração de células inflamatórias para tecidos lesados. Em particular, grandes aumentos foram encontrados nas quimiocinas CXCL9 e CXCL10 induzidas por IFN em pacientes infectados por T. gondii, independentemente do estágio da doença ou das manifestações clínicas. Além disso, um subgrupo específico de citocinas e quimiocinas circulantes, incluindo GM-CSF, CCL25, CCL11, CXCL12, CXCL13 e CCL2, foi identificado como biomarcadores potenciais que distinguem com precisão os diferentes estágios da infecção e preveem a ocorrência de toxoplasmose ocular. Além de servir como preditores do desenvolvimento da doença, essas moléculas inflamatórias hospedeiras podem oferecer promessas como alvos candidatos para intervenção terapêutica.