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Companhia colonial de navegação: a trajetória de uma empresa sob um regime imperial e autoritário
Registro en:
10.34096/rtt.i22.8412
Autor
Goularti Filho, Alcides
Amaro, António Rafael
Garrido, Álvaro
Institución
Resumen
The purpose of this article is to analyze the history of the Companhia Colonial de Navegação (CCN), a portuguese shipping company founded in 1922 and extinguished in 1974, when it was acquired by Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos (CPTM). The article is divided into five topics: 1) a brief introduction on the prisons of time, space and individual freedoms in the trajectory of companies; 2) a systematization of the debate on the “problem” of the Portuguese merchant navy published in manifestoes of specialists of the naval sector between 1903 and 1939; 3) the formation of the colonial agrarian-mercantile complex oppressor, whose participation of the CCN was fundamental in the structuring of the transport network; 4) the CCN trajectory presenting the following data: evolution and renewal of the fleet, opening of lines, commercial movement, financial results and composition of the capital stock; 5) Finally, the exchange of favors between the CCN and the corporatist state that guaranteed access to financial benefits. O objetivo deste artigo é analisar a trajetória da Companhia Colonial de Navegação (CCN), uma empresa de navegação portuguesa fundada em 1922 e extinta em 1974, quando foi adquirida pela Companhia Portuguesa de Transportes Marítimos (CPTM). O artigo está dividido em cinco tópicos: 1) uma breve introdução sobre as prisões do tempo, do espaço e das liberdades individuais na trajetória de empresas; 2) uma sistematização do debate em torno do “problema” da marinha mercante portuguesa publicado em manifestos de especialistas do setor naval entre 1903 e 1939; 3) a formação do opressor complexo agrário-mercantil colonial, cujo participação da CCN era fundamental na estruturação da rede de transportes; 4) a trajetória da CCN apresentando os seguintes dados: evolução e renovação da frota, abertura de linhas, movimento comercial, resultados financeiros e composição do capital social; 5) por fim, a troca de favores entre a CCN e o estado corporativista que lhe garantia acesso a benefícios financeiros.