Tesis
Resposta inflamatória uterina após infusão de prostaglandina E1 (misoprostol) pré-inseminação ou imediatamente após coleta de embrião em éguas doadoras comerciais.
Fecha
2022-05-04Registro en:
33004064086P1
Autor
Canisso, Igor Frederico [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
RESUMO Este estudo teve como objetivo avaliar a resposta inflamatória e potenciais reações sistêmicas após a administração intrauterina de misoprostol, seja antes da inseminação ou imediatamente após a coleta de embrião. Éguas doadoras de embriões de propriedade privada (n=11) tiveram seus ciclos designados aleatoriamente para receber infusões de misoprostol (200 µg + 3mL de solução de Ringer com lactato) ou controle (3 mL de solução de Ringer com lactato), depositados bilateralmente na ponta dos cornos uterinos, pelo menos 72h pré inseminação (experimento 1) ou imediatamente após coleta de embrião (experimento 2). Cada égua teve um ciclo para misoprostol e controle em ambos os experimentos e um ciclo de reprodução (sem controle ou misoprostol) entre os experimentos. Edema uterino, acúmulo de líquido e número de polimorfonucleares foram avaliados antes de cada infusão e depois, diariamente, por 72h. Lavagem uterina foi realizada no dia seguinte a cada infusão em todos os grupos e experimentos. A ovulação foi induzida com um agonista de GnRH e confirmada em intervalos de 24h. As éguas foram inseminadas com sêmen de seis garanhões. As coletas de embrião foram realizadas entre 8 a 9 dias após a ovulação. Em ambos os experimentos, o misoprostol não afetou o edema uterino ou o acúmulo de líquido (P>0,05). No entanto, ambas as infusões simuladas e de misoprostol aumentaram o número de PMN até 48h pós-infusão em ambos os experimentos. As recuperações de embriões foram semelhantes entre os ciclos controle (45%, 5/11) e misoprostol nos experimentos 1 (45%, 5/11; P>0,05) e 2 (controle, 68%, 7/11; misoprostol, 45%, 5 /11; P>0,05). Em conclusão, o misoprostol não induziu inflamação uterina exacerbada em éguas ou reações adversas sistêmicas quando infundido antes da inseminação ou imediatamente após a coleta de embrião. Palavras-chave: Endometrite equina; infertilidade; prostaglandina E-1; tuba uterina. ABSTRACT This study aimed to assess the inflammatory response and potential systemic reactions after uterine administration of misoprostol, either during pre-breeding or immediately after post-embryo flushing. Privately owned embryo donor mares (n=11) were randomly assigned in a crossover design to receive misoprostol (200 µg + 3 mL of lactate Ringer's solution) or sham (3 mL of lactate Ringer's solution) infusions, bilaterally deposited via deephorn, at least 72h pre-breeding (experiment 1) or immediately after embryo flushing (experiment 2). Each mare had one cycle for misoprostol and sham in both experiments and a breeding cycle (no sham or misoprostol) between experiments. Uterine edema, fluid accumulation, and the number of uterine PMN were assessed before each infusion and then daily for 72h. Uterine lavage was performed the day after each infusion across groups and experiments. Ovulation was hastened with a GnRH agonist and confirmed at 24h-intervals. Mares were bred with semen from six stallions. Embryo flushing was performed 8- to 9-d post-ovulation. In either experiment, misoprostol did not affect uterine edema or fluid accumulation (P>0.05). However, both the sham and misoprostol infusions increased the number of PMN up to 48h postinfusion in both experiments. Embryo recoveries were similar between sham (45%, 5/11) and misoprostol cycles in experiments 1 (45%, 5/11; P>0.05) and 2 (sham, 68%, 7/11; misoprostol, 45%, 5/11; P>0.05). In conclusion, misoprostol did not induce exacerbated uterine inflammation in mares or systemic adverse reactions when infused pre-breeding or immediately after embryo flushing. Keywords: Equine endometritis; infertility; prostaglandine E-1; uterine tube.