Tesis
Análise da evolução clínica dos pacientes atendidos pelo telemonitoramento em um Centro de Saúde Escola do interior paulista, segundo os protocolos do Ministério da Saúde durante a pandemia da covid-19
Fecha
2021-12-16Autor
Júnior, Walter Vitti
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
Introdução: Em dezembro de 2019 foi detectado uma série de casos de pneumonia, de etiologia desconhecida, constatando-se posteriormente que eram decorrentes de um novo vírus, o Sars-Cov-2, sendo sua doença denominada covid-19. Frente ao combate à Emergência de Saúde Pública instituída por essa zoonose, a Atenção Primária à Saúde (APS) destaca-se como parte fundamental, pelo seu papel, como primeira porta de acesso aos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde, ao sustentar a coordenação e longitudinalidade do cuidado, por identificar precocemente os casos graves e oferecer assistência resolutiva. Para priorizar o papel da APS no controle e enfrentamento da infecção pela covid-19, o Ministério da Saúde instituiu um Protocolo de Manejo Clínico, estabelecendo fluxos de atendimento, encaminhamento de pacientes que apresentam casos graves e implementando medidas estratégicas para o combate da pandemia, como o uso do telemonitoramento. Objetivo: Analisar a evolução clínica de pacientes com infecção pela covid-19, atendidos na atenção primária, e acompanhados por telemonitoramento, segundo os protocolos do Ministério da Saúde. Metodologia: Trata- se de um estudo transversal, realizado a partir de dados coletados de pacientes com RT- PCR positivo para infecção pelo Sars-Cov-2, no período de abril a dezembro de 2020. Foram analisados a periodicidade da ocorrência de sintomas descritos pelo Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (COVID-19) na Atenção Primária à Saúde vigente no período no qual esses pacientes foram telemonitorados, sendo esses: febre, tosse, sintomas respiratórios superiores, dispneia, cefaleia, fadiga, mialgia e diarreia. Resultados: Na análise realizada dentro da amostra obtida, observou-se maior frequência no sexo masculino, ainda que a população feminina tenha apresentado maior periodicidade sintomática. Houve maior prevalência de sintomas dentro da população >40 anos, que não possuiam comorbidades pré-existentes e não faziam uso de medicação de uso contínuo. Conclusão: Faz-se necessário a realização na APS de mais estudos acerca das manifestações sintomatológicas e do perfil da população infectada pelo Sars-Cov-2, considerando as rápidas mudanças clínicas e epidemiológicas apresentadas pela covid-19.