Tesis
Força muscular do membro inferior, mobilidade e equilíbrio postural como preditores de alterações nos padrões de movimento em atividades funcionais.
Fecha
2020-02-17Registro en:
33004137066P5
Autor
Navega, Marcelo Tavella [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
Objetivos: O presente estudo teve como objetivo verificar se idosas com alterações nos padrões de movimento em atividades funcionais apresentavam força muscular de membro inferior reduzida, menor ativação muscular, sintomas de depressão, medo de quedas, além de pior desempenho na mobilidade e no equilíbrio. Objetivou, também, verificar se tais variáveis são capazes de predizer a presença de alterações nos padrões de movimento em atividades funcionais, assim como estabelecer um limiar crítico para a identificação das mesmas e estabelecer sua sensibilidade e especificidade. Métodos: Participaram do presente estudo 39 idosas não institucionalizadas. A escala de modificação de tarefas (MOD Score) foi realizada para se determinar os grupos de acordo com os padrões de movimento em atividades funcionais: Grupo sem alterações (n=22) e Grupo com alterações (n=17). Por meio de uma célula de carga acoplada a um leg press horizontal, as voluntárias foram avaliadas quanto a força muscular de extensão do membro inferior. Neste momento, foi também coletado o sinal eletromiográfico dos músculos reto e bíceps femoral do membro inferior dominante. Os testes Escala de Depressão Geriátrica (EDG-15), Escala de Eficácia de Quedas – Internacional (FES-I), Mini Exame do Estado Mental (mini-mental), Short Physical Performance Battery (SPPB) e a Escala de Equilíbrio de Berg também foram aplicados. Todas as avaliações foram randomicamente realizadas. Análise estatística: Foi utilizado o PASW 18.0 (SPSS Inc., Chicago, USA). Foi realizada a análise de variância multivariada (MANOVA) para comparação das características dos sujeitos e das variáveis dependentes entre os grupos. A correlação de Pearson foi utilizada para examinar a relação entre os scores obtidos no MOD Score com as variáveis dependentes força muscular, SPPB e Berg. A análise da função discriminante foi usada para identificar as melhores variáveis preditivas de alteração nos padrões de movimento em atividades funcionais, para estabelecer um limiar crítico para tais variáveis, bem como testar a sensibilidade e a especificidade em identificar idosas com tais alterações. A característica de operação do receptor (curva ROC) foi construída para examinar a acurácia dessas variáveis como preditivas de mobilidade. O nível de significância adotado foi de p <0,05. Resultados: Foi observada redução da força muscular do membro inferior (p=0,024), do SPPB (p=0,017), e do Berg (p=0,010) no grupo com alteração no padrão de movimento. A análise discriminante demonstrou que o SPPB (p=0,017), o Berg (p=0,01) e a força muscular (0,024) são variáveis importantes para predizer a adoção de alterações nos padrões de movimento durante atividades funcionais, sendo que o Berg foi a variável com maior área sob a curva ROC (0,807), o que determina uma melhor acurácia para verificar as alterações. Os pontos de corte para Berg, SPPB e força muscular foram respectivamente 54, 10 e 2,5 kgF/kg. O Berg foi a variável com maior valor de sensibilidade (81,8) e a força muscular com maior valor de especificidade (70,6). Além disso, a análise da correlação reforçou os dados encontrados na discriminante, apontando valores de p significativos para força muscular (p=0,06), SPPB (p= < 0,001) e Berg (p= < 0,001) e valores de r que indicam correlação inversamente proporcional e moderada de tais variáveis com o MOD Score (-0,472; -0,543 e -0,608, respectivamente). Conclusão: a força muscular do membro inferior, os valores dos testes SPPB e Berg foram reduzidos no grupo de idosas com alterações nos padrões de movimento em atividades funcionais e tais variáveis foram significativamente preditivas de tais alterações. Objective: The purpose of the present study is to assess the lower extremities muscle strength, the lower extremities muscles activation, symptoms of depression, fear of falls, declines in mobility function and impaired balance in old women with changes in movement patterns during daily activies. Moreover, it also aims to verify if there are predictive variables for this condition, as well as establishing a critical threshold. Methods: Thirty-nine non-institutionalized old women participated in this study. The Task Modification Score (MOD Score) was performed to determine the groups according to movement patterns in functional activities: Group with no changes (n = 22) and Group with changes (n = 17). The volunteers performed the muscle strength of the lower limb test using a load cell coupled to a horizontal leg press,. The electromyographic signal was also collected from the rectus and biceps femoris muscles of the dominant lower limb durig muscle strength test. Geriatric Depression Scale (GDS-15), Falls Efficacy Scale – International (FES-I), Mini-Mental State Examination score (Mini-mental), Short Physical Performance Battery (SPPB), and the Berg Balance Scale were also applied. All evaluations were performed at random. Statistical analysis: Multivariate analysis of variance (MANOVA) was performed to compare the characteristics of the subjects and the dependent variables between the groups. Pearson's correlation was used to examine the relationship between the scores obtained in the MOD Score with the dependent variables muscle strength, SPPB and Berg. Discriminant function analysis was used to identify the best predictor of movement pattern changes in functional activities, and to establish a critical threshold for this variable, as well as to test the sensitivity and specificity of identifying old women with such changes. The receiver operating characteristic (ROC curve) was constructed to examine the accuracy of these variables as predictors of mobility. The significance level for all statistical tests was p <0.05. Results: There was a reduction in muscle strength of the lower limb (p = 0.024), SPPB (p = 0.017), and Berg (p = 0.010) in the group with changes in the movement pattern. The discriminant analysis showed that SPPB (p = 0.017), Berg (p = 0.01) and muscle strength (0.024) are important variables to predict the changes in movement patterns during functional activities. Berg scale was the variable with the largest area under the ROC curve (0.807), which determines a better accuracy to verify the condition of changes in the movement pattern. The cutoff points for Berg, SPPB and muscle strength were 54, 10 and 2.5 kgF / kg, respectively. Berg was the variable with the highest sensitivity (81.8) and muscle strength with the highest specificity (70.6). In addition, the correlation analysis reinforced the data found in the discriminant, pointing out significant p values for muscle strength (p = 0.06), SPPB (p = <0.001) and Berg (p = <0.001) and r values that indicate an inversely proportional and moderate correlation of such variables with the MOD Score (-0.472; -0.543 and -0.608, respectively). Conclusion: lower extremities muscle strength, SPPB and Berg scale were reduced in the old women with changes in movement patterns in functional activities (MOD Score ≥ 5) and these variables were significantly predictive of this condition.