Tesis
Avaliação dos efeitos do tenofovir na densidade mineral óssea de pacientes com hepatite B crônica não infectados pelo HIV
Fecha
2019-07-04Registro en:
000918712
33004030055P6
Autor
Navarro, Anderson Marliere
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
A hepatite B é um importante problema de saúde pública mundial e se associa a consideráveis taxas de mortalidade. As medicações de uso oral para o tratamento da hepatite B, denominados em conjunto de análogos de nucleosídeo/nucleotídeo, são de uso prolongado e apresentam potenciais efeitos colaterais, como a redução na densidade mineral óssea que está associada ao uso do tenofovir. Objetivo: avaliar os efeitos do tenofovir, em comparação com outros análogos de nucleosídeo/nucleotídeo (entecavir e lamivudina), sobre a densidade mineral óssea de um grupo de pacientes com hepatite B crônica. Materiais e Métodos: foi realizado um estudo observacional do tipo transversal com 81 pacientes adultos, com Hepatite B crônica atendidos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – USP nos quais realizou-se os exames de densitometria óssea (dual energy x-ray absorptiometry-DXA), análises bioquímicas de osteocalcina, deoxipiridinolina, vitamina D, paratormônio, IGF-1, TSH, testosterona, estradiol, FSH, transaminases, ureia, creatinina, cálcio total, fósforo sérico e urinário, magnésio, FGF-23 e medidas antropométricas (peso, altura e índice massa corporal). Os participantes, de ambos os sexos, foram subdivididos segundo o uso ou não de antirretrovirais sendo: Grupo 1: 27 pacientes portadores inativos do vírus sem uso de medicamentos; Grupo 2: 27 pacientes em uso de Tenofovir; Grupo 3: 27 pacientes em uso de Lamivudina ou Entecavir. Resultados: não houve diferença entre a idade média e índice de massa corpórea dos pacientes em ambos os grupos de estudo (p>0.05). Foi encontrado osteopenia nas leituras de DXA para coluna lombar dos Grupos 1: 7.4%; Grupo 2: 14.8% e Grupo 3: 3.7%. Observou-se que o marcador de formação óssea, osteocalcina estava com valores normais para todos os grupos, assim como os valores de paratormônio, IGF-1 e FGF-23. O marcador de reabsorção óssea, a deoxipiridinolina urinária, em todos os grupos apresentaram valores aumentados. Os minerais cálcio, fósforo sério e urinário e magnésio estavam adequados para todos os grupos. Conclusão: o aumento no marcador de reabsorção óssea indicou uma alta atividade reabsortiva do tecido ósseo. Estes dados apontam para uma maior atividade osteoclástica na perda óssea em pacientes infectados pelo vírus da Hepatite B sem e com o uso dos antirretrovirais. Hepatitis B is one the most important public health problem worldwide and is associated with considerably high mortality rates. Oral medications, generally nucleoside/nucleotide analogs such as tenofovir, have been used as long-term therapy and have possible side effects such as the reduction in bone mineral density associated with their use. Objective: to evaluate the effects of tenofovir, compared with those of other nucleoside/nucleotide analogs (entecavir and lamivudine), on the bone mineral density of hepatitis B patients. Materials and Methods: a cross-sectional study was conducted with 81 adult patients with chronic hepatitis B treated. The average age of the participants was 42 years. Dual-energy x-ray absorptiometry (DXA) was performed to assess bone mineral density. Biochemical analyses were performed for osteocalcin, deoxypyridinoline, parathyroid hormone, vitamin D, IGF-1, TSH, testosterone, estradiol, FSH, transaminases, urea, creatinine, calcium, serum and urinary phosphorus, magnesium, FGF-23 and anthropometric measures of weight, height, and body mass index were performed. Participants, both gender, were divided according to the use of antiretrovirals: Group 1: 27 inactive virus carriers without medication; Group 2: 27 patients using tenofovir; Group 3: 27 patients using lamivudine or entecavir. Results: We did not find differences in mean age, body mass index, lean and fat mass between patients in both groups (p>0.05). DXA readings diagnosed osteopenia in the lumbar spine for 7.4% individuals in Group 1, 15% in Group 2 and 3.7% in Group 3. For all groups we observed normal values in bone formation markers, osteocalcin levels as well as parathyroid hormone, insulin growth factor 1 and FGF-23. In all groups, we found increased levels of urinary deoxypyridinoline, a bone resorption marker. Normal levels of calcium, phosphorus (serum and urine) and magnesium were observed. Conclusion: Increased levels in the bone resorption markers indicated a high resorptive activity of bone tissue. These data emphasized a greater osteoclastic activity that led to bone loss in hepatitis B virus-infected patients both treated or not with antiretrovirals.