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ECOTOXICIDADE E BIODISPONIBILIDADE DE METAIS EM SOLOS IMPACTADOS POR REJEITOS INDUSTRIAIS EM QUEIMADOS, RJ, BRASIL
Autor
CESAR, Ricardo
RODRIGUES, Ana Paula
SANTOS, Maria Carla Barreto
SENDEROWITZ, Stephanie
COLONESE, Juan
MOREIRA, Cristiane
BERTOLINO, Luiz Carlos
CASTILHOS, Zuleica
EGLER, Silvia
MADDOCK, John
Institución
Resumen
Ecotoxicity and bioavailability levels of mercury, lead, zinc, copper and chromium were studied in superficial soils collected in CENTRES (Queimados Municipality, RJ), an area impacted by inadequate disposal of industrial wastes. Soil sampling was performed in November/2009. Contamination levels were evaluated by quantifying total metal contents in soils and through acute and avoidance bioassays with earthworms (Eisenia andrei) and aquatic micro-crustaceous (Daphnia similis), according to procedures defined in standard protocols (ASTM, ISO and ABNT). The results revealed the occurrence of elevated concentrations of metals in soils, whose values were higher than that established by Brazilian legislation. However, the bioassays suggest low levels of ecotoxicity and low bioavailability of highly toxic metals, such as lead and chromium. Such observation may be associated with the presence of 2:1 clay minerals in those soils, which have the capacity of reducing the bioavailability of contaminants in the soil solution. The avoidance behavior of earthworms seems to be the most sensible indicator to the presence of toxic agents in the soils. A ecotoxicidade e a biodisponibilidade de mercúrio, chumbo, zinco, cobre e cromo foram estudadas em solos superficiais coletados no CENTRES (Queimados, RJ), uma área impactada pela disposição inadequada de rejeitos industriais. A amostragem dos materiais foi efetuada em novembro/2009, sendo o grau de contaminação avaliado através de determinações químicas totais e execução de bioensaios agudos e de comportamento (fuga) com oligoquetas (Eisenia andrei) e microcrustáceos aquáticos (Daphnia similis), conforme procedimentos descritos em protocolos padrões (ASMT, ISO e ABNT). Os resultados revelaram elevadas concentrações de metais em solos, com teores que ultrapassavam os limites permitidos pela legislação brasileira. Contudo, os bioensaios sugerem baixos níveis de ecotoxicidade aguda e baixa biodisponibilidade de metais altamente tóxicos, como chumbo e cromo. Tal observação pode estar associada à presença de argilas do tipo 2:1 nesses solos, capazes de diminuir a biodisponibilidade de contaminantes na solução do solo. Dentre os indicadores utilizados, o comportamento de fuga dos oligoquetas pareceu ser o mais sensível à presença de agentes tóxicos nos solos.