info:eu-repo/semantics/article
THE POLEMIC ORIGIN OF THE DIAMOND IN THE SERRA DO ESPINHA CO (MINAS GERAIS): A MINERALOGICAL VIEW
SOBRE A POLÊMICA DA ORIGEM DO DIAMANTE NA SERRA DO ESPINHAÇO (MINAS GERAIS): UM ENFOQUE MINERALÓGICO
Autor
CHAVES, MARIO LUIZ DE SÁ CARNEIRO
KARFUNKEL, JOACHIM
SVISERO, DARCY PEDRO
Institución
Resumen
The origin of the diamond in the Serra do Espinhaço has been the target of exausted discussions for almost 200 years. The enigma about the primary diamondiferous source(s) conducted to several hypotheses, which can be resumed in two antagonic points of view: proximal, inside the sedimentation basin of the Espinhaço Supergroup (Mesoproterozoic), or distal, in the western lying cratonic area (Mesoproterozoic or earlier), peripherical to the sedimentation site, releasing the diamonds during the depositional record. Study of mineralogical features of the diamond and associated minerals, led to new data corroborating the second point of view concerning the origin of the gem. Analysis of the matrix of the diamond-bearing proterozoic conglomerates showed the absence of any mantle source indicators. Study of heavy mineral fractions of alluvial deposits in the same region, conduct to identical results; the analysed garnets are almandines of crustal origin. Mineralogy of representative diamond populations at several areas, show the following conclusive remarks: (1) Large crystals (>lct) are rare, totalizing less than 1%; (2) The predominance (90%) of "intact" crystals (not broken), outstanding rhombododecahedral, octahedral and transitional habits (>70%); (3) Polycrystaline aggregates are almost absent (<0,1%); (4) Diamond with macroinclusions (seen without a hand loup) are rare (<5%), and (5) The large predominance of gem quality diamonds (78-97%). These features point towards a distal lying source area for the Espinhaço diamonds, outside (extra basin) the depositional site, probably within the São Francisco cratonic area. A origem do diamante da Serra do Espinhaço tem sido alvo de discussões por quase 200 anos. O enigma da fonte diamantífera primária na região conduziu a uma série de hipóteses díspares, as quais representam duas linhas antagônicas de pensamento a respeito desta origem: próxima, isto é, dentro da bacia de sedimentação do Supergrupo Espinhaço (mesoproterozóica), ou distante, na zona cratônica situada a oeste (mesoproterozóica ou anterior), perifericamente ao sítio deposicional, liberando o diamante durante a evolução do registro sedimentar da bacia. O estudo das principais características mineralógicas do diamante e de seus minerais acompanhantes, resultou na obtenção de novos dados que permitiram apoiar a segunda linha de pensamento sobre a origem da gema. Em relação às rochas conglomeráticas, encaixantes da mineralização na Serra, concentrados volumosos de sua matriz revelaram ser ela destituída de minerais indicadores de fonte mantélica. A mineralogia dos pesados aluvionares que ocorrem na região também não foi indicativa de quaisquer minerais mantélicos; as granadas amostradas foram determinadas como almandina de origem crustal. Quanto a mineralogia do diamante, estudos integrados de lotes representativos de diversas áreas foram conclusivos a respeito de que: (1) cristais grandes (>lct) são raros, totalizando menos que 1% em relação ao total de indivíduos amostrados; (2) cristais "inteiros" predominam largamente (>90%), destacando-se os de hábitos rombododecaédricos, octaédricos e transicionais entre ambos (>70%); (3) diamantes como agregados policristalinos estão praticamente ausentes (<0,1%); (4) diamantes com macro-inclusões (visíveis a olho nu) são raros (<5%); (5) cristais de qualidade gemológica predominam (78-97%). À integração dos dados apresentados apontam para o transporte desde uma área fonte distante para o diamante do Espinhaço, extra-bacia, provavelmente situada na zona do Craton do São Francisco a oeste do atual espigão serrano.