The Late Ordovician / Early Silurian Rio Ivaí Group is the lowermost stratigraphic cycle at the Brazilian side of the Paraná basin and is made up of three formations: Alto Garças (base), Iapó and Vila Maria. A regional stratigraphic analysis was carried out and new stratigraphic sections were described along the north and northwestern margin of the basin, where the Ordovician / Silurian rocks crops out discontinuously with variable thicknesses. The Rio Ivaí Group displays an asymmetrical geometry and its thickness increases westward. The transgressive nature, from coastal to marine in the Alto Garças Formation, was interrupted by a short but widespread glacial event in the Ordovician / Silurian boundary, which caused the deposition of diamictites (Iapó Formation. The stratigraphic architecture reveals an onlap from west to east, toward the original borders of the basin. The Iapó Formation overlaps the eastern limits of the Alto Garças Formation, resting right on the crystalline basement. After the end of glacial times, a widespread Early Llandoverian marine transgression led to shelf shale deposition (Vila Maria Fomation). Westward paleocurrents in the Alto Garças Formation suggest that the Asuncion Arch had not yet attained a geomorphic expression in Ordovician / Silurian times, when Paraná and Chaco basins were geographically continuous. This range of events resulted in a similar stratigraphic succession in several basins bordering the Gondwana continent. As a result, coastal to shelf sandstones are covered by diamictites of glaciogenic origin, which were succeeded by marine transgressive shales and finally by shallow sea sandstones.O Neo-Ordoviciano / Eo-Siluriano na porção brasileila da Bacia do Paraná é representado pelo Grupo Rio Ivaí(que conrpreende as formações Alro Garças (base), Iapó e Vila Maria (topo). O Grupo Rio Ivaí ocorre em grande parte da bacia e apresenta geometria assimétrica, com maiores espessuras a oeste. Novas seções foram descritas nas áreas de afloramento dos flancos norte e noroeste da bacia, delineando faixas de ocorrência descontínua e de espessura variável. A Fornração Alto Garças acunha-se para leste e é caracterizada por empilhanento transgressivo, interrompido por evento glacial generalizado e de curta duração (Formação Iapó). A arquitetura estratigráfica evidencia onlap de oeste para leste em direção às bordas originais da bacia. Nos estados do Paraná e de Goiás, a Formação Iapó assenta diretamente sobre rochas do embasamento cristalino pré-cambriano, representando uma ampliação da bacia para leste, para além da área de ocorrência da Formação Alto Garças. Com a deglaciação, toda a margem continental gondwânica foi palco de grande transgressão marinha no Eollandoveriano, quando depositaram-se folhelhos plataformais da Formação Vila Maria. Paleocorrentes dirigidas para oeste indicam que os limites ocidentais da Bacia do Paraná são erosivos e que, no Neo-Ordoviciano / Eo-Siluriano, o Arco de Assunção ainda não tinha expressão geomorfológica, tendo a Bacia do Paraná continuidade física com as bacias Chaco-Paranense e do Chaco-Boreal. Desta sucessão de eventos resultou enpilhamento estratigráfico muito similar em várias bacias da margem do continente de Gondwana, em que arenitos marinhos costeiros e plataformais são recobertos por diamictitos glaciogênicos, folhelhos marinhos transgressivos e, finalmente, arenitos marinhos com empilhamento regressivo.