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Stratigraphical Analysis of the Neoproterozoic Sedimentary Sequences of the São Francisco Basin
Análise estratigráfica das seqüências neoproterozóicas da Bacia do São Francisco
Autor
Martins, Mariela
Lemos, Valesca Brasil
Institución
Resumen
A stratigraphical analysis was performed under the principles of Sequence Stratigraphy on the neoproterozoic sedimentary sequences of the São Francisco Basin (Central Brazil). Three periods of deposition separated by unconformities were recognized in the São Francisco Megasequence: (1) Sequences 1 and 2, a cryogenian glaciogenic sequence, followed by a distal scarp carbonate ramp, developed during stable conditions, (2) Sequence 3, a Upper Cryogenian stack homoclinal ramps with mixed carbonate-siliciclastic sedimentation, deposited under a progressive influence of compressional stresses of the Brasiliano Cycle, (3) Sequence 4, a Lower Ediacaran shallow platform dominated by siliciclastic sedimentation of molassic nature, the erosion product of the nearby uplifted thrust sheets. Each of the carbonate-bearing sequences presents a distinct δ13C isotopic signature. The superposition to the global curve for carbon isotopic variation allowed the recognition of a major depositional hiatus between the Paranoá and São Francisco Megasequences, and suggested that the glacial diamictite deposition (Jequitaí Formation) took place most probably around 800 Ma. This constrains the São Francisco Megasequence deposition to the interval between 800 and 600 Ma (the known ages of the Brasiliano Orogeny defines the upper limit). A minor depositional hiatus (700−680 Ma) was also identified separating sequences 2 and 3. Isotopic analyses suggest that from then on, more restricted environmental conditions were established in the basin, probably associated with a first order global event, which prevailed throughout deposition of the Sequence 3. Os princípios da estratigrafia de seqüência foram utilizados para realizar uma análise estratigráfica nas seqüências sedimentares neoproterózoicas da Bacia do São Francisco (Brasil Central). Foram reconhecidos três períodos de deposição separados por discordâncias na Megasseqüência São Francisco: (1) Seqüências 1 e 2, seqüência glaciogênica de Idade Criogeniana seguida de uma rampa carbonática distalmente escarpada desenvolvida sobre condições tectônicas estáveis, (2) Seqüência 3, rampas homoclinais estaqueadas com sedimentação mista carbonática-siliciclástica de idade Criogeniana Superior, depositada sobre uma progressiva influência dos esforços compressivos do Ciclo Brasiliano, (3) Seqüência 4, plataforma rasa de idade Ediacarana Inferior dominada por sedimentação siliciclástica de natureza molássica, produto da erosão dos cinturões de empurrão em elevação nas áreas adjacentes. Cada uma das seqüências carbonáticas apresenta uma assinatura isotópica δ13C distinta. A superposição com a curva de variação isotópica global do carbono permite o reconhecimento de um hiato deposicional entre as megasseqüências Paranoá e São Francisco, e sugere que a deposição dos diamictitos (Formação Jequitaí) teve lugar mais provavelmente ao redor de 800 Ma. Isto limita a deposição da Megasseqüência São Francisco ao intervalo entre 800 e 600 Ma (idade reconhecida do limite superior da Orogenia Brasiliana). Um hiato deposicional de expressão menor (700-680 Ma) foi também identificado separando as seqüências 2 e 3. As análises isotópicas sugerem que a partir desse momento, condições ambientais mais restritas estabeleceram-se na bacia, provavelmente associadas com um evento global de primeira ordem, que prevaleceu durante toda a deposição da Seqüência 3.