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The holocene coastal plain of Campos Verdes (Laguna, state of Santa Catarina, southern Brazil): sedimentary evolution based in ground penetrating radar, grain-size and heavy minerals
A planície costeira holocênica de Campos Verdes (Laguna, SC): evolução sedimentar inferida a partir de georradar (GPR), granulometria e minerais pesados
Autor
Tanaka, Ana Paula Burgoa
Giannini, Paulo César Fonseca
Fornari, Milene
Nascimento Junior, Daniel Rodrigues do
Sawakuchi, André Oliveira
Rodrigues, Selma Isabel
Menezes, Priscila Melo Leal
DeBlasis, Paulo
Porsani, Jorge Luiz
Institución
Resumen
Campos Verdes region, in Laguna, mid-south coast of Santa Catarina, is characterized by sets of beach ridges alignments, oriented transversal to the present coastline and separated from each other by truncations with a concave-convex pattern. This strandplain is limited towards SW by a higher area (1m) without beach ridges, where four shell mounds are located. The alignments are superposed by several groups of inactive parabolic dunes, attributed to the aeolian generation 3 (post maximum Holocene flooding). The sedimentary growing began in the southwest (higher area), where the former beach ridges developed anchored on a sandy spit. This spit was formed according to the Zenkovitch s models of lagoonal circulation; moreover, it would have worked as a trap for the accumulation of sediments that formed the strandplain. This hypothesis is highlighted by the GPR sections, with reflectors dipping towards N, indication of progradation towards this azimuth. The McLaren s granulometric variation pattern of fining, better sorting and more negative skewness towards N can be interpreted as resulting from a progressive sedimentary reworking during progradation. In a longitudinal profile, the pattern of coarsening, better sorting and more positive skewness towards W, suggests transport by longshore currents towards this azimuth. The variation in the heavy minerals assemblage shows a higher concentration of unstable components in opposite to the decrease of ultrastable components towards N and W, with an increase in the relation tourmaline/zircon towards NW. This decreasing mineralogical maturity towards the sector formed in the end of the progradation can be attributed to three factors: 1. progressive concentration by hydraulic sorting; 2. increase in the sedimentary input of newer sediments, because of the stronger influence of Tubarão river deltaic front; and 3. least time for the action of pos-depositional solution in the newer beach ridges. Situada no litoral sul de Santa Catarina, a planície de Campos Verdes caracteriza-se por feixes de cordões litorâneos, transversais à costa atual, separados entre si por truncamentos em padrão côncavo-convexo. Parte dos cordões superpõe-se por campos de paleodunas parabólicas orientadas para SW, atribuídos à geração eólica 3 (pós-máxima inundação holocênica). Limita-se a SW por uma faixa arenosa 1m mais alta, sem cordões aparentes, sobre a qual se assentam quatro sambaquis. A evolução da planície teve início a partir do ancoramento dos primeiros cordões sobre esta faixa, que corresponderia a um paleopontal formado segundo os modelos de circulação lagunar de Zenkovitch e que teria servido como armadilha para o acúmulo sedimentar. Esta hipótese é reforçada pelo mergulho para norte de refletores GPR, indicação de progradação nesse rumo. O padrão McLaren de variação granulométrica mais fino, melhor selecionado e mais negativo para norte pode ser atribuído a sucessivo retrabalhamento sedimentar no decorrer da progradação. Em perfil longitudinal aos cordões, a tendência de engrossamento, melhora de seleção e assimetria mais positiva para W refletiria o transporte por deriva litorânea. A variação de minerais pesados evidencia maior concentração de componentes instáveis, em detrimento dos ultraestáveis, nas porções norte e oeste da planície, com aumento da relação turmalina/ zircão para NW. A queda de maturidade mineralógica no setor formado ao final da progradação pode ser atribuída a: 1. concentração gradual por seleção hidraúlica; 2. aumento de aporte sedimentar da frente deltaica do rio Tubarão; e 3. menor tempo de atuação da dissolução pós-deposicional nos cordões mais novos.