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Petrography, mineral chemistry, and hydrothermal processes associated with the São Jorge gold deposit, Tapajós Gold Province, Amazonian Craton
Petrografia, química mineral e processos hidrotermais associados ao depósito de ouro São Jorge, Província Aurífera do Tapajós, Cráton Amazônico
Author
Borges, Régis Munhoz Krás
Dall’Agnol, Roberto
Lamarão, Claudio Nery
Figueiredo, Marco Aurélio Benevides Maia
Leite, Albano Antônio da Silva
Barros, Carlos Eduardo de Mesquita
Costi, Hilton Túlio
Institutions
Abstract
The Paleoproterozoic São Jorge gold deposit is situated in the Tapajós Gold Province of the Amazonian Craton. The deposit is hosted by an amphibole biotite monzogranite, composed of quartz, potassic feldspar, plagioclase, amphibole, biotite, titanite and opaques. Four dominant mineral assemblages were recognized in the deposit. Assemblage 1 was formed during the magmatic stage and is characterized by the presence of amphibole and andesine-oligoclase. Assemblage 2 shows the total replacement of the amphibole and intense saussuritization of the primary plagioclase, epidote is a ubiquitous phase and biotite is partially chloritized. Assemblages 3 and 4 are related to the hydrothermal processes, which generated the sulfide and gold mineralization. Assemblage 3 is dominated by chlorite and albitic plagioclase with subordinate white micas and, sometimes, biotite. Assemblage 4 is dominated by white micas, carbonates and pyrite. It is a result of a phyllic alteration, with associated carbonatization. Chlorite geothermometer suggests temperatures of 300±40 °C for the 3 and 4 assemblages. Al in hornblende geobarometer indicates low pressures, around 1 kbar for the crystallization of the mineralized granites. Oxidizing conditions, above NNO, prevailed during the genesis of the deposit. The hydrothermal assemblages of São Jorge differ from those described at Joel and Davi and are not dominated by epidote minerals as registered in other areas of the Tapajós province. A porphyry model or intrusion-related model are best adapted for the São Jorge deposit. The latter has similarities with the Serrinha deposit in the Juruena province and Batalha in the Tapajós province but it has more strong analogies with the Volta Grande hydrothermal system in southern Brazil. O depósito de ouro São Jorge, de idade paleoproterozóica, está situado na Província Aurífera do Tapajós, Cráton Amazônico. Ele está hospedado em um anfibólio-biotita-monzogranito constituído por quartzo, feldspato potássico, plagioclásio, anfibólio, biotita, titanita e opacos. Quatro associações minerais foram reconhecidas no depósito. A associação 1, formada durante o estágio magmático, é caracterizada pela presença de anfibólio e andesina-oligoclásio. A associação 2 mostra substituição total do anfibólio e intensa saussuritização do plagioclásio primário; o epidoto é uma fase marcante e a biotita é parcialmente cloritizada. As associações 3 e 4 estão relacionadas aos processos hidrotermais que geraram a mineralização de sulfeto e ouro. A assembléia 3 é dominada por clorita e plagioclásio albítico, com quantidade subordinada de mica branca e, por vezes, biotita. A associação 4 é dominada por mica branca, pirita e carbonatos sendo o resultado de uma alteração fílica com carbonatação associada. O geotermômetro da clorita sugere temperaturas de 300±40 °C para as associações 3 e 4. O geobarômetro do Al na hornblenda indica pressões em torno de 1 kbar para a cristalização dos granitos mineralizados. Condições oxidantes, acima do tampão NNO, prevaleceram durante a gênese dos depósitos. As associações hidrotermais de São Jorge diferem daquelas descritas nos garimpos Joel e Davi e não são dominadas por epidoto, como sugerido em outras áreas da Província Tapajós. Um modelo pórfiro ou intrusion-related são melhor adaptados para o depósito São Jorge. Este último tem similaridades com o depósito Serrinha da Província Juruena e Batalha, na Província Tapajós, e fortes analogias com o sistema hidrotermal Volta Grande no sul do Brasil.