info:eu-repo/semantics/article
Sedimentary architecture and depositional evolution of the Quaternary coastal plain of Maricá, Rio de Janeiro, Brazil
Arquitetura sedimentar e evolução deposicional no Quaternário da planície costeira de Maricá, Rio de Janeiro, Brasil
Registro en:
10.5327/Z2317-4889201400020002
Autor
Silva, André Luiz Carvalho da
Silva, Maria Augusta Martins da
Gambôa, Luiz Antônio Pierantoni
Rodrigues, Amilson Rangel
Institución
Resumen
The coastal geomorphology of Maricá (Rio de Janeiro state) is characterized by a large lagoon and by two sandy barriers that confine a series of small isolated chain-like lagoons. Data collected from ground-penetrating radar and boreholes from the central coastal plain of Maricá provided information on the sedimentary architecture and evolution of this area in the Quaternary. Six lithological units were identified comprising three depositional sequences limited by erosional surfaces, related to barrier-lagoon systems that migrated onshore, offshore, and longshore, giving rise to a sedimentary deposit 25 m thick or more. The data reveal a retrograding barrier overlying a basal mud unit which rests in unconformity upon Precambrian basement, thus characterizing an important Pleistocene transgression. A second Pleistocene barrier of 45,000 cal years BP migrated over a lagoonal mud unit (48,000-45,000 cal years BP) reaching over the previous barrier. A progradational phase followed due to a fall of sea level. A long interval of erosion of the barrier created an unconformity that represents the Pleistocene-Holocene boundary. A beachrock in nearby Itaipuaçu, 100 m offshore from the present-day beach, dated as 8,500 cal years BP marks the onset of Holocene sedimentation due to gradually rising sea level, which continued until at about 5,000 years ago. This promoted the retrogradation of the barrier-lagoon system. A brief episode of progradation is observed as a series of paleobeach scarps. Today s rising sea level is causing the retrogradation of the barrier. A geomorfologia costeira de Maricá (estado do Rio de Janeiro) é caracterizada por uma imponente lagoa e por duas barreiras arenosas que confinam uma série de pequenas lagunas isoladas e colmatadas. Dados de georadar (GPR) e sondagens realizadas na área provém informações sobre sua arquitetura sedimentar e evolução no Quaternário. Os resultados indicam a existência de seis unidades litológicas compondo três sequências deposicionais limitadas por superfícies erosivas, relacionadas a sistemas barreira-laguna que migraram para o continente, para o mar e lateralmente, formando um depósito sedimentar de 25 metros ou mais de espessura. Há evidências de uma barreira retrogradante sobre uma unidade lamosa basal, que se formou sobre uma superfície erosiva representada pelo topo do embasamento Pré-Cambriano, apontando uma importante transgressão no Pleistoceno. Uma segunda barreira, formada há cerca de 45.000 anos cal A.P., migrou sobre uma unidade lamosa lagunar (48.000-45.000 anos cal A.P.) alcançando a barreira anterior. A seguir, uma fase de progradação ocorre em resposta a um rebaixamento do nível do mar. Um longo período de erosão da barreira resulta em uma discordância representando o limite entre Pleistoceno e Holoceno. O arenito de praia em Itaipuaçu, submerso a cerca de 100 metros da linha de praia atual, datado em 8.500 anos cal A.P., marca o início da sedimentação holocênica devido ao aumento gradual do nível do mar até 5.000 anos atrás. Este evento promoveu a retrogradação do sistema barreira-laguna. Um breve episódio de progradação é observado através de uma série de paleoescarpas de tempestades. Atualmente, uma elevação do nível do mar tem causado a retrogradação da barreira.