Brasil
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Proposal of new lithostratigraphic units for the Devonian of the Rio do Peixe Basin, Northeast of Brazil
Proposta de novas unidades litoestratigráficas para o Devoniano da Bacia do Rio do Peixe, Nordeste do Brasil
Registro en:
10.5327/Z23174889201400040004
Autor
Silva, José Gedson Fernandes da
Córdoba, Valéria Centurion
Caldas, Luciano Henrique de Oliveira
Institución
Resumen
Subsurface stratigraphic analysis of Devonian strata in the Rio do Peixe Basin, newly recognized by palynological studies, has resulted in the identification of two new formations assembled in the newly established Santa Helena Group. These units were characterized using cores, sidewall and cuttings samples, conventional well logs, image log and 3D seismic data. The Pilões Formation, the lower unit, is composed mainly of dark mudstones and medium-to-very fine-grained sandstones, with minor conglomerates and breccias, and the Triunfo Formation, the upper unit, comprises whitish grey, kaolinitic, coarsegrained to conglomeratic, cross stratified sandstones and conglomerates, with interbedded mudstones and fine-grained sandstones. The Pilões Formation is represented by prodeltaic lagoonal-lacustrine facies, with lesser associated subaqueous talus, debrite and sandy turbidite lobe facies, part of fandelta and delta systems. The Triunfo Formation is interpreted as braided fluviodeltaic facies. The Santa Helena Group corresponds to the Lower Devonian tectono-sequence deposited in a NW-SE-trending graben during a transgressive-regressive cycle. With 343 m of thickness (isochore) in well 1-PIL-1-PB (Pilões 1), this sequence has a non-conformity at the lower boundary and its upper boundary is an angular unconformity that represents a hiatus of about 265 Myr, at the base of the Lower Cretaceous tectono-sequence (Rio do Peixe Group). Ignimbrites and co-ignimbrite breccias (Poço da Jurema volcanic breccia) were recognized at the northern margin of the Sousa half-graben. There is evidence that the pyroclastic event is coeval with the Lower Devonian graben filling. The results of this study indicate a polyhistorical tectono-volcano-sedimentary evolution of the basin. This lithostratigraphic update brings new perspectives for geological research in the Rio do Peixe Basin, as well as in other inland basins of the Northeast of Brazil. A análise estratigráfica de subsuperfície de estratos devonianos na Bacia do Rio do Peixe, recentemente identificados por palinologia, resultou na caracterização de duas novas formações reunidas no Grupo Santa Helena. Estas unidades foram caracterizadas por meio de testemunhos, amostras laterais e de calha, perfis geofísicos convencionais de poço, perfil de imagem e sísmica 3D. A Formação Pilões (unidade inferior), na qual predominam pelitos escuros e arenitos médios a muito finos, com brechas e conglomerados subordinados, e a Formação Triunfo (unidade superior), composta por arenitos cinza-esbranquiçados, grossos a conglomeráticos, caulínicos, com estratificações cruzadas, e conglomerados, com pelitos e arenitos finos intercalados. A Formação Pilões é representada por fácies prodeltaicas-lacustres, com menor proporção de fácies de tálus, debritos e lobos turbidíticos arenosos, associadas a sistemas de leque deltaico e fluviodeltaico. A Formação Triunfo é interpretada como depósitos fluviodeltaicos do tipo entrelaçado. O Grupo Santa Helena corresponde a uma tectonossequência depositada em um graben, com eixo deposicional NO-SE, durante um ciclo transgressivo-regressivo. Com a espessura de 343 m (isócora) no poço 1-PIL-1-PB (Pilões n° 1), esta sequência é limitada na base por uma não-conformidade e o limite superior é uma discordância angular, com um hiato de cerca de 265 milhões de anos, separando-a da tectonossequência cretácea inferior (Grupo Rio do Peixe). Ignimbritos e brechas coignimbríticas (brecha vulcânica Poço da Jurema) foram reconhecidas na margem norte do Semigraben de Sousa. Há indícios de que o evento piroclástico e o preenchimento do graben eodevoniano tenham sido contemporâneos. Os resultados deste estudo indicam que a evolução tectono-vulcano-sedimentar da bacia é poli-histórica. Esta atualização litoestratigráfica abre novas perspectivas para pesquisas geológicas na Bacia do Rio do Peixe, assim como em outras bacias interiores do Nordeste do Brasil.