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Bentonites of the Irati Formation in the southern sector of the Paraná Basin
Bentonitas da Formação Irati no setor sul da Bacia do Paraná
Registro en:
10.11606/issn.2316-9095.v17-368
Autor
Silva, Aurelio Fagundes
Dani, Norberto
Remus, Marcus Vinicius Dornelles
Sommer, Margot Guerra
Horn, Bruno Ludovico Dihl
Institución
Resumen
This paper aims to identify and to present mineralogical and chemical arguments that demonstrate the existence of bentonite levels in the Irati Formation, found in outcrops to the west Aceguá, in southern Rio Grande do Sul (Brazil). These levels are thin, on average 4 cm thick, large in area, and are composed of grayish-white to greenish massive claystones that contrast, in the field, with the shales of the Irati Formation. The bentonite levels of the Irati Formation are predominantly composed of Ca-montmorillonite, which constitutes the fine matrix of the rock; and scattered primary or magmatic crystals not larger than very fine sand. Among the main primary minerals representative of volcanic setting, it is possible to identify β-quartz paramorphs, sanidine, biotite, zircon, apatite and ilmenite, in addition to quartz and feldspar shards (splinters). More rarely, fragments of meso and macrocharcoals are found within the bentonite layers, which contrast with the maturity and type of non-vegetal organic matter of the Irati shale. Therefore, the nature of the precursor volcanism is inferred on the basis of rock geochemistry and crystal chemistry of the neoformed montmorillonite in the bentonite levels. Both methodologies indicate that during this period the volcanic ashes that reached the Paraná Basin were generated by volcanism of intermediate composition, which is in accordance with what is known about the Lower Choiyoi Volcanic Province manifestations, which were synchronous with the sedimentation of the Irati Formation in the Paraná Basin. Este artigo tem como objetivo identificar e apresentar argumentos mineralógicos e químicos que demonstrem a existência de níveis de bentonitas inseridos na Formação Irati, em afloramentos a leste da cidade de Aceguá, sul do Rio Grande do Sul. Tratam-se de níveis com pequena espessura (em média 4 cm) e grande extensão lateral, constituídos de argilitos maciços branco-acinzentados a esverdeados que, em campo, contrastam com os folhelhos que compõem a Formação Irati. As bentonitas da Formação Irati se caracterizam por serem compostas predominantemente por Ca-montmorilonita e formam a matriz fina da rocha, na qual se encontram dispersos cristais primários, ou magmáticos, com tamanho não superior a areia muito fina. Entre os principais minerais primários identificados e representativos do ambiente vulcânico explosivo, encontram‑se pseudomorfos de β-quartzo, sanidina, biotita, zircão, apatita e ilmenita, além de fragmentos de quartzo e feldspatos (splinters). Mais raramente, encontram-se fragmentos de meso e macrocharcoals dentro das camadas de bentonita, que contrastam com a maturidade e tipo de matéria orgânica não vegetal do folhelho Irati. Com base na geoquímica da rocha e na cristaloquímica da montmorilonita neoformada nos níveis de bentonita, infere-se sobre a natureza do vulcanismo precursor. Ambas as metodologias apontam que nesse período as cinzas vulcânicas que alcançaram a Bacia do Paraná originaram-se de vulcanismo com composição intermediária, em concordância com o que é conhecido sobre as manifestações da Província Vulcânica Choiyoi Inferior, sincrônica com a sedimentação da Formação Irati na Bacia do Paraná.