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Orogêneses precedendo e tafrogêneses sucedendo Rodínia na América do Sul
Registro en:
10.11606/issn.2316-8986.v27i0p1-40
Autor
Brito Neves, B. B
Winge, M
Carneiro, M. A
Institución
Resumen
Evidence for the worldwide Grenville orogenic collage in South America has usually been pointed out throughout the basement of the Andean Chain, from Colômbia to northwest Argentina, and in the Brasil-Bolivia border region (southwest of the Amazonian Craton). New geological and geochronological data as well as a review on preexisting data, some of them from unpublished theses, demonstrate for the interior of our continent the occurrence of collisional and subordinate events (in Goiás-Tocantins massif, in the central part of Bahia-Minas Gerais states) during the same span of time (Ectasian Period, ca. 1300 Ma) of the Mesoproterozoic Era. The preferential, but not exclusive, sites for these events of plate and subplate interactions were those rifts and basin developed during a previous processes of taphrogenesis, very typical of the Statherian Period of the Paleoproterozoic Era (1800-1600 Ma). The Mesoproterozoic (Ectasian) orogenic processes, which had preliminarly been designated - with many doubts- as "Uruaçuano" (Central Brazil) and "Espinhaço" (Central Bahia-Minas Gerais) are now being recognized as part of a broad compressional regime, due to the convergent interaction of plates and subplates, responsible for both building fold belts and reworking basement rocks. A striking post-orogenic phase of erosion is also recognized, with the development of widespread denudation events from the end of the Mesoproterozoic to Neoproterozoic times. These orogenic processes are from now on being postulated as eqüivalem to those of the Grenville collage (North American continent), and accordingly, they are being recognized as part (in the interior of South America) of the worldwide phenomena of agglutination of continental masses that have formed Rodinia supercontinent. At the same time, subordinate activation processes may also be identified affecting marginal and interior zones of cratonic blocks, such as shearing, tilting, thermal and isotopic rejuvenation, and so on (at the same range of ages of the orogenic processes), which were reflex reaction to the vigorous tectonic of interaction of continental plates. Succeeding the orogenic events, with their general processes of fusion of continental masses, widespread phase of taphrogenesis then took place, which have been identified (1100-950 Ma) throughout both previous cratonic áreas and Ectasian fold belts themselves. These extensional domains display a series of coeval geological records (generation of rocks and strucutural features) ali over the just-agllutinated supercontinent of Rodinia, and so presenting general characteristics of fission phenomena. Specially for the Neoproterozoic structural provinces (so-called Brasiliano), these extensional processes played an importam and decisive role as inaugural phases of a new global tectonic cycle, for they defined most of the main depositional sites (basin-forming tectonics) and structural highs (source-areas). Evidências de uma colagem orogênica de amplitude mundial, como a de Grenville, têm sido apontadas na América do Sul, ao longo do embasamento andino, da Colômbia ao noroeste argentino, e ainda na fronteira Brasil-Bolívia (sudoeste do Cráton Amazônico). Alguns novos dados geológicos e geocronológicos, inclusive de teses ainda inéditas, e a revisão do acervo de dados preexistentes sugerem para o interior de nosso continente a ocorrência de um processo colisional importante, e de outros eventos subordinados (no Maciço Central Goiás-Tocantins, na parte central do Cráton do São Francisco) no mesmo intervalo de tempo - período Ectasiano (em torno de 1300 Ma). Os sítios preferenciais (mas não exclusivos) para estes processos de convergência, colisão e transpressão foram aqueles dos rifles e bacias gerados na tafrogênese do Estateriano (1800-1600 Ma), no final do Paleoproterozóico. Tais processos de orogênese, que haviam sido preliminarmente designados de "Uruaçuano" (Brasil Central) e "Espinhaço" (Bahia e Minas Gerais), sob muitas imprecisões da época, estão agora sendo ratificados e reconhecidos como parte de um amplo contexto de interação convergente de placas e subplacas litosféricas, responsável por importante retrabalhamento de rochas do embasamento (rochas do Paleoproterozóico sobretudo) e a edificação de orógenos, com uma fase significativa pós-deformacional de erosão no Mesoproterozóico (com extensão no tempo ao Neoproterozóico), a qual precede francamente o ciclo orogênico subseqüente (Brasiliano). Neste trabalho estes processos orogenéticos da segunda metade do mesoproterozóico estão sendo reconhecidos como equivalentes à queles do Ciclo Grenville, guardando certo paralelismo com este no interior do nosso continente. Eventos concomitantes e subordinados de ativação dos blocos cratônicos adjacentes a estas orogenias, tais como cisalhamento, basculamentos, rejuvenescimento termal e isotópico, etc, já haviam também sido identificadas de há muito, neste intervalo do tempo, como reflexos naturais dos gradientes tectônicos das áreas mais instáveis para o interior das estáveis Posteriormente aos eventos tectônicos (e os reflexos) são reconhecidas fases importantes de tafrogênese, de forma diacrônica, do Mesoproterozóico mais superior para o início do Neoproterozóico (Período Toniano), a qual afetou tanto as áreas cratônicas como as faixas móveis do ciclo precedente. Estes domínios extensionais possuem registros geológicos (estruturas e geração de rochas) por todo o supercontinente previamente formado (Rodínia), compondo assim um quadro tectônico com características de fenômenos de fissão. Para as províncias estruturais do Neoproterozóico (ditas do Brasiliano), estes processos extensionais tiveram papel decisivo, como fase inaugural de novo ciclo wilsoniano. Com eles foram estabelecidos os primeiros traços estruturais, em termos de principais domínios sedimentares (bacias) e áreas fontes (altos tectônicos).