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No papel e no palco: efeitos expressivos do uso dos pronomes pessoais e de tratamento em francês e português em Huis Clos (Entre quatro paredes), de Jean-Paul Sartre
Autor
Ribeiro, Ana Cláudia Romano
Pacheco, Deise Abreu
da Silva, Mariana Aparecida
Resumen
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de Iniciação Científica desenvolvida na Universidade Federal de São Paulo e concluída em finais de 2018. Nesta pesquisa trabalhamos com a peça Huis Clos (1944) de Jean-Paul Sartre, partindo de um duplo viés, teórico e prático. A parte prática consistiu-se em jogos e práticas teatrais realizados em uma pesquisa de campo feita ao longo da Oficina Cena Bilíngue. Leituras na prática: Sartre em foco, desenvolvida pela pesquisadora doutora em Pedagogia do Teatro Deise Abreu Pacheco especialmente para a nossa pesquisa. A parte teórica, que apresentamos aqui, analisa os efeitos dramáticos dos pronomes pessoais e de tratamento em francês e em português a partir de trechos da peça de Sartre em língue original e na tradução de Guilherme de Almeida (Entre Quatro Paredes, 1949). Analisamos os contextos de fala em que “tu” e “vous” / “você” e “senhor(a)” são empregados e observamos como os pronomes contribuem para criar a tensão dramática da peça, pois colaboram para a construção das personagens e das relações de aproximação e distanciamento entre elas. Os trabalhos de Fregonezi (1993), Maingueneau (1996), Lopes e Duarte (2003) e Faraco (2007) embasaram nossas reflexões nesta primeira parte.