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USO DAS METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO MÉDICO NO NORDESTE BRASILEIRO
Autor
Takenami, Iukary Oliveira
Palácio, Maria Augusta Vasconcelos
Andrade, Wellen
Cansanção, Isaac Farias
Resumen
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de graduação em medicina publicadas em 2014 preconizam o uso de metodologias ativas de aprendizagem na formação médica. No entanto, desde a sua recomendação, pouco se conhece sobre o panorama das instituições em relação à adesão ou não deste método de ensino. O objetivo do estudo foi conhecer o perfil das escolas médicas da Região do Nordeste brasileiro, bem como o método de ensino empregado na formação do profissional médico. Trata-se de um estudo descritivo e documental, conduzido em base de dados de acesso público. Setenta e sete (23,8%) das 323 escolas médicas criadas até o ano de 2018 no Brasil estão localizadas na Região Nordeste. Bahia (n=23, 29,9%), Pernambuco (n=11, 14,3%) e Paraíba (n=9, 11,7%) são os estados que mais concentram estabelecimento de ensino. Desde a criação da primeira escola médica em Salvador/BA (1808), observa-se um aumento significativo (r = 0.516, p=0.0013) no número de escolas médicas no decorrer dos anos, especialmente no ano de 2014, com a criação de 13 (16,9%) instituições no Nordeste, sobretudo escolas de caráter privado.Sessenta (77,9%) das 77 instituições empregam algum tipo de metodologia ativa e 12 (15,6%) escolas ainda utilizam o método tradicional de aula expositiva. Embora as DCN orientem o planejamento acadêmico das escolas para um currículo integrado com ênfase em metodologias ativas, ainda se observa escolas que utilizam metodologias de ensino tradicional. Deve-se ressaltar que as vantagens e limitações das metodologias ativas devem ser analisadas considerando à disponibilidade de infraestrutura física de instalação e manutenção de equipamentos de cada IES, bem como a inclusão de um processo de capacitação docente.