Brasil
| TCCgrad
Perfil e evolução dos pacientes internados por pneumonia com derrame pleural em hospital de referência do Sul do Brasil
Fecha
2021-12-01Autor
Bini, Alessandra Cristina
Pereira, Isabela Pimenta
Institución
Resumen
Introdução: a pneumonia bacteriana é uma das principais doenças infecciosas e principal causa de morbidade em crianças fora do período neonatal, sendo o derrame pleural sua principal complicação.
Objetivo: analisar perfil e evolução dos pacientes internados por derrame pleural parapneumônico.
Metodologia: estudo observacional com revisão dos prontuários das admissões por derrame pleural associado a pneumonia entre janeiro-dezembro de 2019.
Resultados: foram 99 internações, com permanência média de 10 dias (1-48). A média de idade foi 42 meses (2-145), sendo 59% do sexo masculino, 18% com comorbidades e 81% tinham vacinação pneumocócica-10-valente completa. A média de proteína c reativa foi 163,56 mg/dL (8,8-367), com 20% de culturas positivas, 47% apresentaram septos, 14% fistulas e 27% necrose. Em relação à evolução, 71% necessitaram drenagem de tórax (média de 6,34 dias), 32% alteplase, 12% videotoracoscopia e 1% toracotomia. 72,7% utilizaram oxigenioterapia (média de 4,37 dias), 13,1% ventilação mecânica invasiva e 21,2% internação em unidade de terapia intensiva (UTI), com 5 óbitos. Na analise de subgrupos, os pacientes que tinham septos apresentaram maiores índices de necrose (49% versus 7,7%), fistula (27,7% versus 1,9%), necessidade de oxigênio (95,7% versus 51,9%), drenagem de tórax (100% versus 46,1%), alteplase (68% versus 0%), videotoracoscopia (25,5% versus 0%) e UTI (31,9% versus 11,5%) em comparação aos que possuíam derrame livre.
Conclusões: a maioria dos derrames pleurais ocorreu em pacientes masculinos e vacinação completa, com necessidade de drenagem de tórax e oxigenioterapia. Sendo a necrose, fístula, necessidade de oxigênio, UTI e toracostomia/toracotomia mais prevalentes nos pacientes com derrames septados. Introduction: bacterial pneumonia is one of the main infectious diseases and the main cause of morbidity in children out of the neonatal period, with pleural effusion being its main complication.
Objective: to analyze the profile and evolution of patients hospitalized for parapneumonic pleural effusion.
Methodology: observational study with a review of the records of admissions for pleural effusion associated with pneumonia between January-December 2019.
Results: there were 99 hospitalizations, with an average stay of 10 days (1-48). The mean age was 42 months (2-145), 59% were male, 18% had comorbidities, and 81% had complete pneumococcal 10-valent vaccination. The mean c-reactive protein was 163.56 mg/dL (8.8-367), with 20% of positive cultures, 47% had septa, 14% fistulas and 27% necrosis. Regarding evolution, 71% required chest drainage (mean of 6.34 days), 32% alteplase, 12% videothoracoscopy and 1% thoracotomy. 72.7% used oxygen therapy (mean of 4.37 days), 13.1% invasive mechanical ventilation and 21.2% hospitalization in the intensive care unit (ICU), with 5 deaths. In the analysis of subgroups, patients who had septa had higher rates of necrosis (49% versus 7.7%), fistula (27.7% versus 1.9%), oxygen requirement (95.7% versus 51.9 %), chest drainage (100% versus 46.1%), alteplase (68% versus 0%), videothoracoscopy (25.5% versus 0%) and ICU (31.9% versus 11.5%) in comparison to those who had a free pleural effusion.
Conclusions: most pleural effusions occurred in male patients and complete vaccination, requiring chest drainage and oxygen therapy. As necrosis, fistula, need for oxygen, ICU and thoracotomy/thoracotomy are more prevalent in patients with septate effusions.