Technical Report
Relatório Anual 2017
Fecha
2018Registro en:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago; Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, Superintendência de Serviços Especializados e Regulação ; Organizadores, Marlene Zannin . . . [et al.]. Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina: Relatório Anual 2017. Florianópolis (SC): CIATox/SC, 2018. 56p.
Autor
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago
Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, Superintendência de Serviços Especializados e Regulação
Institución
Resumen
O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) realizou aproximadamente 225.000 atendimentos para suporte ao diagnóstico e tratamento de intoxicações, desde que iniciou suas atividades em 1984. No ano de 2017 foram 15.328 atendimentos, dos quais 14.620 (95,4 %) casos de exposição humana, 115 (0,7%) casos de exposição animal e 593 (3,9%) solicitações de informação, sem a existência de uma vítima exposta. Houve um aumento de 17,4% em relação aos atendimentos do ano de 2016. Além do atendimento dos casos foram realizados mais 31.465 acompanhamentos de casos até o encerramento e 62 atividades de educação ou orientação em grupo na comunidade ou para profissionais da saúde. O CIATox/SC recebeu 728 animais para identificação Os grupos de agentes responsáveis pelo maior número de atendimentos foram os Animais Peçonhentos/Venenosos (28,1%) seguidos pelos Medicamentos (26,7%). Essa tendência tem se mantido ao longo dos anos. A maioria das solicitações foi proveniente do estado de Santa Catarina, sendo 26,1% da Macrorregião da Grande Florianópolis. Os meses quentes são os de maior ocorrência de atendimentos, principalmente em decorrência do aumento do número de casos de animais peçonhentos. A maior parte das solicitações foi realizada por profissionais da área da saúde (86,8%), principalmente médicos (78,7%) provenientes de Hospitais (64,5%), Unidades de Pronto Atendimento (16,0%) e Unidades Básicas de Saúde (5,8%). A ligação das residências foi em 7,9% dos casos. Nos casos humanos a exposição ocorreu principalmente nas residências (75,5%) em zona urbana (72,6%). A distribuição dos casos humanos por gênero é semelhante entre o gênero feminino (51,7%) e masculino (48,3%). Observa-se predominância das exposições na faixa etária das crianças de 1 a 4 anos (15,8%), nos adultos jovens de 20 a 29 anos (17,6%) e de 30 a 39 anos (15,6%). A principal circunstância de exposição foi acidental (54,9%), seguida das tentativas de suicídio (23,7%) e do acidente ocupacional (7,7%). A via oral foi a mais comum em 42,6% dos casos; seguida da mordida, picada ou contato com animais (41,1%). A maior parte das exposições humanas atendidas em 2017 foram exposições em que o paciente apresentou manifestações clínicas leves (55,8%). Ocorreram 89 óbitos em um total de 14.620 casos atendidos (0,6%). Destes, 59 casos (0,4%) foram óbitos relacionados à intoxicação e 30 casos (0,2%) foram óbitos por outra causa. Dos 59 óbitos decorrentes de intoxicação 22 foram causados por Agrotóxicos (37,3%), 17 por Medicamentos (28,8%), quatro por Drogas de Abuso (6,8%), dois por Produtos Químicos Domissanitários (3,4%), cinco por Animais Peçonhentos (8,5%), e nove (15,3%) pela Associação de Grupos A circunstância mais frequente, nos casos que evoluíram a óbito, foi a tentativa de suicídio com 40 casos (67,8%). Na distribuição dos casos de óbitos de acordo com o gênero houve predominância do gênero masculino com 32 casos (54,2%) e 27 casos feminino (45,8%). A faixa etária de maior ocorrência foi de 50 a 59 anos (19 casos).