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Microplásticos e a convenção para o controle e gestão da água de lastro em navios (Convenção BWM)
Fecha
2018-11-27Autor
Pereira, Thais Buse
Institución
Resumen
O transporte marítimo é o modal mais econômico e mais utilizado no comércio internacional para o transporte de mercadorias em grandes quantidades. No entanto, é causador de diversos impactos ambientais, como emissões de CO2, efluentes e resíduos gerados, vazamentos, tintas anti-incrustantes, obras portuárias e bioinvasões através da água de lastro (SARDINHA, 2013). A água de lastro é a água levada a bordo de um navio, em tanques de lastro, para o controle do trim, banda, calado, estabilidade ou tensões do navio. Trata-se da principal responsável pelas bioinvasões, ou seja, pela transferência oceânica de espécies biológicas. Bioinvasões são caracterizadas por comunidades biológicas vivas (fitoplâncton, zooplâncton e micro-organismos indicadores de contaminação) que são transportados em água de lastro. Mas, além das bioinvasões os microplásticos também representam uma ameaça aos ecossistemas marinhos e costeiros. São partículas quase invisíveis (plásticos < 5 mm) que alteram a composição de certas partes dos oceanos, prejudicando o ecossistema da região e, consequentemente, a saúde humana. Essas partículas plásticas tem a capacidade de adsorver produtos tóxicos encontrados nos oceanos como pesticidas, metais pesados e outros tipos de poluentes orgânicos persistentes e desse modo podem ser transportados em água de lastro (ALISSON, 2017). Neste contexto, este projeto tem como objetivo principal realizar uma pesquisa exploratória sobre a presença de microplásticos em água de lastro de navios e sua importância de ser abordado na legislação da água de lastro.