info:eu-repo/semantics/article
Extração e caracterização de compostos do resíduo vegetal casca de café.
Registro en:
10.3895/rebrapa.v8n2.6887
Autor
Baqueta, Michel Rocha
do Prado Silva, Jéssica Thais
Moya Moreira, Thaysa Fernandes
Canesin, Edmilson Antonio
Gonçalves, Odinei Hess
dos Santos, Adriele Rodrigues
Coqueiro, Aline
Demczuk Jr, Bogdan
Leimann, Fernanda Vitória
Resumen
A quantidade de resíduos gerados durante o beneficiamento do café no Brasil (principalmente casca) representa aproximadamente 50% da produção. Visando diminuir este problema, o objetivo deste trabalho foi obter diferentes extratos das cascas de café, avaliar sua composição e atividade antimicrobiana. Utilizando extrações por Soxhlet, com solventes de diferentes polaridades e seletividades e analisando estes extratos por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas e Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier, foi possível observar que os extratos diferiam em composição química e que apenas clorofórmio e diclorometano foram capazes de extrair a cafeína, devido a seletividades destes solventes. Os componentes hidrofílicos foram extraídos utilizando diferentes proporções de etanol e água, a temperatura ambiente e a 40 °C. A cafeína presente nestes extratos foi quantificada por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. A mudança na composição do solvente e temperatura não alteraram a composição química dos extratos, porém alteraram a quantidade de cafeína extraída. Nenhum dos extratos testados demonstrou atividade contra os microrganismos Salmonella typhimurium (ATCC 14028), Escherichia coli (ATCC 25922), Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853) e Bacillus cereus (ATCC 14579). Pode-se concluir que as cascas de café apresentam grande potencial para a extração de cafeína, agregando valor a este resíduo vegetal e contribuindo para o aproveitamento dos resíduos produzidos no beneficiamento do café, o que diminuiria o impacto ambiental gerado pelo descarte destes.