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A ESTRATÉGIA OPERATÓRIA UTILIZADA PELOS TRABALHADORES E O HIATO EXISTENTE ENTRE O TRABALHO PRESCRITO E O TRABALHO REAL
Registro en:
10.3895/S1808-04482008000100007
Autor
Trierweiller, Andréa Cristina
Azevedo, Beatriz Marcondes de
Pereira, Vera Lucia Duarte do Valle
Cruz, Roberto Moraes
Gontijo, Leila Amaral
Junior, Roberto L. de F. dos S.
Resumen
O presente artigo tem como objetivo sistematizar conhecimentos que permitam compreender as formas de elaboração das estratégias operatórias dos trabalhadores utilizadas para regular e manter o equilíbrio no circuito do trabalho. Diante das prescrições e das condições do trabalho, o trabalhador mobiliza uma série de processos cognitivos para elaborar a tarefa e executar sua atividade, bem como para poder lidar com as variabilidades e imprevisibilidades presentes no seu cotidiano laboral e assegurar a eficácia de suas ações. São as estratégias operatórias, resultantes de decisões que ocorrem nos diferentes níveis da organização que possibilitam as margens de regulação do trabalhador e conformam diferentes cargas de trabalho. A elaboração de tais estratégias depende, dentre outros fatores, do perfil individual do trabalhador, da sua experiência e competência profissional, de seu estado de saúde e da forma como o trabalho está organizado. A contribuição da ciência ergonômica está na criação de um alargamento da margem de manobra entre o prescrito e a atividade real de trabalho, de modo a eliminar, ou ao menos reduzir, a cisão entre as instâncias de planejamento e execução do trabalho. Para tanto, busca-se ampliar a possibilidade de regulação do trabalhador, conferindo-lhe uma maior autonomia e controle, tanto na execução das tarefas quanto na definição dos resultados esperados.