A mastite bovina é uma enfermidade que causa impactos nos âmbitos sociais e econômicos em todo o mundo. O uso excessivo de antibióticos no tratamento da doença é um dos agravantes desta situação, já que proporciona um aumento na taxa de resistência microbiana, e consequentemente pode desencadear problemas para a saúde, tanto humana quanto animal. O objetivo deste estudo foi avaliar os quadros de resistência a antibióticos em casos de mastite em vacas leiteiras na região Sudoeste do Paraná além de validar a presença de bacteriófagos (vírus que infectam bactérias) nas amostras de leite. Primeiramente, desenvolveu-se uma análise baseada em dados secundários de antibiogramas disponibilizados de um laboratório veterinário comercial da localidade. Posteriormente, foram coletadas amostras de leite mastítico e encaminhadas para os laboratórios da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, onde avaliou-se a presença de Staphylococcus aureus. A partir do cultivo deste microrganismo observou-se o aparecimento de placas de lise, demonstrando um possível isolamento de bacteriófagos. A terapia fágica poderia ser considerada uma alternativa inovadora para o tratamento da mastite.