Compreender e explicar o desempenho organizacional tem sido, desde há muito, uma área fértil de concepção teórica e análise empírica por parte de vários investigadores da Organização Industrial. Essa procura para entender as diferenças de desempenho tem vindo a sofrer um processo evolutivo, caracterizado pela introdução de novos conceitos e respectivas metodologias. Das diferentes abordagens teóricas e respectivas aplicações empíricas surgem bases diferenciadas para a construção de modelos de síntese destinados a explicar o desempenho organizacional. A análise das vantagens e desvantagens das propostas mais relevantes, conduziu à formalização de um modelo, assente na tipologia preconizada por Miles & Snow, que procurou avaliar a importância que o conceito de configuração organizacional pode desempenhar na explicação da performance das organizações. A investigação empírica levada a cabo neste estudo teve por base uma amostra seleccionada para o efeito, compreendendo organizações pertencentes à indústria farmacêutica em Portugal. Resumidamente, os principais resultados obtidos mostram que os desajustamentos configuracionais têm um impacto negativo e estatisticamente significativo no desempenho das organizações.