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Síndrome de opressão na criança
Autor
Arruda, Elso
Institución
Resumen
O autor estende seus conceitos de opressão e síndrome de opressão, aplicados aos adultos em situações de guerra e da vida cotidiana, às situações e condições semelhantes a que são submetidas as crianças. Há opressão da criança quando as pressões do meio ou as ações exercidas pelos indivíduos ou grupos de indivíduos deste meio são anormalmente intensas, duradouras e destinadas a anular, ferir e perturbar uma ou mais crianças e, ao mesmo tempo, tirar-lhes a possibilidade de defender-se ou de constituir uma barreira aos propósitos do opressor. A criança, por sua dependência e incapacidade naturais de compreender a ação opressiva e dela se afastar, torna mais fácil, grave e desumana esta ação. O autor descreve as formas de opressão e sua freqüência e, mais detalhadamente, a sintomatologia típica nos planos somáticos, psíquicos e anímico-existenciais. Chama, também, a atenção para as manifestações imediatas e tardias (ou residuais) da síndrome de opressão na criança, que podem sofrer para o resto da vida as conseqüências das ações opressivas na infância. Salienta ser comum uma antiga vítima da opressão tomar-se opressora quando adulta. Revela, igualmente, que os trabalhos a respeito do assunto indicam que as crianças de três meses encabeçam a lista das vítimas da opressão. Trata de otiopatogenia e apresenta modelo integrador de combate à opressão e suas conseqüências nos momentos patogênicos da síndrome. Ao final, considera o mundo da opressão o mundo da negação dos direitos da criança, um flagelo moral que deprecia e estigmatiza a humanidade.