info:eu-repo/semantics/article
Critical consciousness and resistance: Freirean reflections on the agroecology movement formation in Araponga, Minas Gerais, Brazil
Conciencia crítica y resistencia: reflexiones freirianas sobre la formación del movimiento agroecológico en Araponga, Minas Gerais, Brasil;
Consciência crítica e resistência: reflexões Freirianas sobre a formação do movimento agroecológico em Araponga, Minas Gerais, Brasil
Autor
Naves, Flávia
Fontoura, Yuna
Institución
Resumen
The agroecology movement has become the most relevant resistance to agribusiness in Brazil in recent decades. Grounded on Paulo Freire’s liberating education and critical consciousness theories, we aimed to contribute to Organization Studies (OS) on rural social movements by unveiling the case of the agroecology movement in Araponga, Minas Gerais, Brazil, in its formation phase. We asked: How does the beginning of the trajectory of the agroecology movement in Araponga, Minas Gerais, help us reflect on the construction of the protagonism of the oppressed? Through this case, we highlight that to overcome oppressive relationships, small-scale family farming and peasants/rural workers had to first identify themselves under an oppressive system to which they have been historically submitted. Acknowledging their authenticity and autonomous mechanisms of land access were central to developing new forms of production and redefining their identities. Thus, the second important moment is the pedagogy of women and men in a continuous and permanent process of liberation. Hence, the collective identity and resistance building in the agroecology movement in Araponga arose through farmers and rural workers’ struggle and through their self-recognition as a humanized, critical, free, and autonomous people. This reflects the ‘action-reflection-action’ process of collective and horizontal learning where everyone is both educator and learner simultaneously. From this paper, we encourage more reflections in OS on rural movements through the Freirean approach. El movimiento agroecológico se ha convertido en la resistencia más relevante al agronegocio en Brasil en las últimas décadas. Fundamentados en las teorías de Paulo Freire de educación liberadora y conciencia crítica, pretendemos contribuir a los estudios organizacionales de los movimientos sociales rurales, develando el caso del movimiento agroecológico de Araponga, en Minas Gerais, Brasil, en su etapa de formación. Para ello, nos preguntamos: ¿Cómo el inicio de la trayectoria del movimiento agroecológico en Araponga, Minas Gerais, nos ayuda a reflexionar sobre la construcción del protagonismo de los oprimidos? A través de este caso, destacamos que, para superar las relaciones de opresión, la pequeña agricultura familiar y los campesinos/trabajadores rurales tuvieron que identificarse primero bajo un sistema opresor al que históricamente fueron sometidos. Además, el reconocimiento de su autenticidad y mecanismos autónomos de acceso a la tierra fueron fundamentales para el desarrollo de nuevas formas de producción y redefinición de sus identidades. Así, el segundo momento importante fue la pedagogía de mujeres y hombres en un proceso continuo y permanente de liberación. Así, la construcción de la identidad colectiva y la resistencia en el movimiento agroecológico de Araponga surge de la lucha de los agricultores y trabajadores rurales y de su autorreconocimiento como pueblo humanizado, crítico, libre y autónomo. Esto refleja el proceso de ‘acción-reflexión-acción’ de aprendizaje colectivo y horizontal, donde todos son educadores y alumnos al mismo tiempo. A partir de este artículo, fomentamos una mayor reflexión en los estudios organizacionales en movimientos rurales mediante el uso del enfoque freiriano. O movimento agroecológico tornou-se a resistência mais relevante ao agronegócio no Brasil nas últimas décadas. Alicerçados nas teorias da educação libertadora e da consciência crítica de Paulo Freire pretendemos contribuir para os Estudos Organizacionais dos movimentos sociais rurais, desvelando o caso do movimento agroecológico de Araponga, em Minas Gerais, Brasil em fase de formação. Nós, portanto, questionamos: como o início da trajetória do movimento agroecológico em Araponga, Minas Gerais, nos ajuda a refletir sobre a construção do protagonismo do oprimido? Por meio desse caso, destacamos que para a superação das relações de opressão, a pequena agricultura familiar e os camponeses/ trabalhadores rurais tiveram primeiro que se identificar sob um sistema opressor a que historicamente foram submetidos. Além disso, reconhecer sua autenticidade e mecanismos autônomos de acesso à terra foram fundamentais para o desenvolvimento de novas formas de produção e redefinição de suas identidades. Desse modo, o segundo momento importante passa a ser a pedagogia de mulheres e homens em um processo contínuo e permanente de libertação. Assim, a construção da identidade coletiva e da resistência no movimento agroecológico de Araponga surge a partir da luta dos agricultores e trabalhadores rurais e de seu autorreconhecimento como um povo humanizado, crítico, livre e autônomo. Isso reflete o processo de ‘ação-reflexão-ação’ de aprendizagem coletiva e horizontal, onde todos são educadores e alunos ao mesmo tempo. A partir deste artigo, encorajamos mais reflexões nos Estudos Organizacionais em movimentos rurais por meio do uso da abordagem Freiriana'.