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The reenchantment of the courts: basketball and spirituality
Reencantando as Quadras: Basquete e Espiritualidade
Autor
Lacerda, Yara
Institución
Resumen
The field of sports seems to appeal to the presence of tradition and highly opposed values in conciliatory efforts to mingle what is not conciliable: scientific detachment and sense of belonging, technology and religious or spirituals bonds. Therefore, myth and reason, emotion and calculation, engagement and detachment, spirituality and materialism, individualism and collectiveness, sacred and secular values, traditional and modern are entangled in the production of the sportive event. On one hand, the support of science and instrumental reason made the sports a wide field of application of physics, chemistry, physiology and psychology, which has taken form, mainly, in the elaboration of theories bout the development of potency and excellence and of technique for athletes training, in the development of implements, facilities, strategies and maximizing tactics of the results. The marketing and business management techniques also arrived to make sports a profitable investment. The other hand, the field of sports appeals permanently to the metaphors of heart and "race", of belonging and engagement, of emotion and feeling, of communion and donation, of solidarity and compassion, so , breaking up and casting spells seem to be coexisting processes with the sports dynamics. The hypothesis to be worked on is that of the co-presence of enlightenment and romanticism, of reason and myth, both marks of modern times, in the sports field. To develop the hypothesis and putting it to the test, we used the autobiographic memories of Phil Jhackson. We will try to enhance, having of the American basketball as a backdrop, the effective presence of spirituality, of the sense of belonging and of mythic reports. O campo dos esportes parece apelar para a presença de tradições e valores poderosamente contrapostos em esforços de conciliação do que aparece como não conciliável: distanciamento científico e pertencimento, tecnicismo e vínculo religioso ou espiritual. Assim, mito e razão, emoção e cálculo, pertencimento e distanciamento, espiritualismo e materialismo, individualismo e coletivismo, calores sagrados e profanos, tradicionais e modernos, aparecem entremeados na produção do evento esportivo. De um lado, o apoio nas ciências e na razão instrumental fez do esporte um amplo campo de aplicação da física, da química, da fisiologia e da psicologia que se concretizou, principalmente na elaboração de teorias sobre o desenvolvimento da potência ou excelência e de técnicas para o treinamento dos atletas, no desenvolvimento de implementos, infra-estruturas, estratégias e táticas maximizadoras de resultados. As técnicas de administração empresarial e de mercado entraram também para fazer do esporte um campo de negócios. Do outro, o campo dos esportes apela permanentemente para as metáforas do coração e da "raça", do pertencimento e da vinculação, da emoção e dos sentimentos, da comunhão e da doação, da solidariedade e da compaixão. Desencantamento e reencantamento parecer ser, portanto, processos coexistentes na dinâmica esportiva. A hipótese a ser trabalhada é a da copresença do iluminismo e do romantismo, da razão e do mito, marcos ambos da modernidade, no campo dos esportes. Para o desenvolvimento da hipótese, e a modo de tese, usaremos as memórias autobiográficas de Phil Jackson. Procuraremos destacar, sobre o pano de fundo da atividade competitiva, racionalizada e empresarial do basquete americano, a presença operacionalizada da espiritualidade, do pertencimento, dos relatos míticos. ( p. 73-87 )