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Revolution and Independence: Notes on the Concept and on the Revolutionary Processes in Spanish America
Revolução e independências: notas sobre o conceito e os processos revolucionários na América Espanhola
Autor
Gouvêa, Maria de Fátima Silva
Institución
Resumen
In the American continent, the use of the term "revolution" in the context of independence movements seems to have been limited to the classical case of the "American Revolution" -- that of the 13 Colonies at the end of the 18th century -- and to the case of Haiti, where the connections between revolution, independence and abolition of slavery added very radical colors to the whole process. In the Spanish-American cases, "revolution" has often been nothing more than a word indicating an absence and leading to a history told in the key of continuity and conservatism. Only recently, under the influence of the studies about the ancien régime and specially about the French Revolution, new trends have been set, favouring a more dynamic history of the collapse of Spanish-American colonial world. This article intends to present a review of the main steps of this reflection and to contribute to spread this new approach to a larger number of movements into the continent. Os movimentos de independência hispano-americanos nunca haviam sido plenamente associados à idéias de revolução até muito recentemente, não obstante o termo apareça com grande frequência na historiografia tradicional sobre as independências no continente. No conjunto das Américas, a problemática da revolução no contexto das independências sempre pareceu reservada ao caso clássico da "Revolução americana" - a das Treze Colônias, em fins do século XVIII - e ao caso-limite do Haiti, no qual a articulação entre revolução, independência e abolição imprimiu características sobremodo radical ao processo. No caso hispano-americano, no entanto, "revolução" quase sempre não foi mais que uma palavra, indicando antes uma ausência e uma história contada pela ótica do continuismo e do conservadorismo. Foi apenas nos últimos anos que, sob a influência de estudos mais recentes sobre o antigo regime e mais particularmente a revolução francesa, novos rumos foram percebidos nesse processo, favorecendo a elaboração de uma história mais dinâmica da desagregação do mundo colonial hispano-americano. É objeto desse artigo a realização de um balaço bibliográfico que avalie os principais marcos dessa reflexão, assim como a possibilidade de generalização dessa nova abordagem a um número mais amplo de movimentos do continente. ( p. 275-295 )