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Securitization in the Brazilian Banking Industry: An Empirical Study
Securitização de Recebíveis no Setor Bancário Brasileiro: Um Estudo Empírico
Autor
Catão, Gustavo Campos
Rodrigues, Raimundo Nonato
Libonati, Jeronymo José
Lagioia, Umbelina Cravo Teixeira
Institución
Resumen
Securitization is a modality of structured finance which allows a company to raise funds based on its receivables through capital markets. In Brazil, securitization was developed mostly in the form of mutual funds -- the FIDC, which raise money by issuing senior cotes for qualified investors, and subordinated cotes, usually bought by the company that originated the receivables. This paper evaluates the risk and return for both kinds of investors through a stochastic model with two main variables: interest rates and default rates. The model is still sensible to the characteristics of the fund, like the amount of subordinated cotes, the type of asset being securitized; and the amount of receivables in relation to the assets. Regarding the case of senior cotes, the risk of returns under the basic level of interest rates is highly improbable; and in the case of subordinated cotes, the risk of returns under the basic interest rate may be considered still low, due to the high spreads observed in the Brazilian financial market. The simulations indicated that under historically mean interest rate volatility the default rates are the main component of the total risk. Accordingly to the developed analysis of international standards of regulation, the Brazilian Central Bank imposes very strong capital requirements to banks that securitize their assets and purchase the corresponding subordinated cotes. A securitização é uma modalidade de estruturação financeira em que uma empresa obtém recursos diretamente no Mercado de Capitais através da cessão de seus recebíveis. No Brasil, a securitização vem se desenvolvendo na forma dos fundos de investimento em direitos creditórios, que captam recursos através da emissão de cotas seniores, adquiridas por investidores qualificados, e de cotas subordinadas, usualmente adquiridas pelo originador dos créditos. Este artigo avalia os riscos e os retornos para os investidores, através de um modelo de simulação estocástica das variáveis taxas de juros e taxas de inadimplência, considerando também as características do fundo, tais como o percentual de cotas subordinadas, tipo de ativo securitizado e proporção de recebíveis sobre o ativo total do fundo. Os resultados obtidos indicam que, para o investidor em cotas sênior, é altamente improvável a obtenção de retorno inferior à taxa indicativa do fundo. Para o investidor em cotas subordinadas, o risco de retorno inferior à taxa de juros é baixo, em decorrência dos spreads praticados
no mercado financeiro brasileiro. As simulações realizadas
indicam também que, em níveis normais de volatilidade das
taxas de juros, as perdas de crédito são a componente principal do risco das cotas. Dentro do conjunto das análises desenvolvidas observou-se que as exigências de capital dos bancos que securitizam ativos e carregam cotas subordinadas em seu balanço é bastante conservadora, em comparação com os padrões internacionais.