Thesis
Diversidade organizacional e novo institucionalismo: proposta de um modelo conceitual
Fecha
2006-08-09Registro en:
AUGUSTO, Paulo Otávio Mussi. Diversidade organizacional e novo institucionalismo: proposta de um modelo conceitual. Tese (Doutorado em Administração de Empresas) - FGV - Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2006.
Autor
Augusto, Paulo Otávio Mussi
Institución
Resumen
Um dos temas centrais dentro teoria organizacional é a explicação da relação organização-ambiente. Os primeiros estudos da vertente sociológica do novo institucionalismo contribuíram para este entendimento, especialmente ao explicitar como o isomorfismo surge dentro de campos organizacionais. Esta abordagem permitiu um novo entendimento sobre o papel do significado na produção e reprodução das práticas sociais. Entretanto, desde seu início, alguns de seus proponentes e críticos têm se preocupado com a forma obscura com que o novo institucionalismo trata a ação social e o papel dos atores na criação, difusão e estabilização das práticas organizacionais. Este estudo apresenta um modelo conceitual abrangente que explique as variações dentro de campos organizacionais ao incluir novos elementos à abordagem do novo institucionalismo, especialmente a discussão da relação dos níveis macro-micro e da incorporação de diferentes elementos tratados de maneira fragmentada dentro do novo institucionalismo. O modelo apresenta três fases de construção do campo organizacional, com foco inicial em um evento social que funciona como um gatilho do processo de institucionalização, conduzido por atores sociais chave, a apresentação de uma prática como uma solução para as necessidades percebidas, passando pelas ações individuais reflexivas, a difusão destas práticas, resultando na construção de um campo organizacional com determinado grau de convergência. A construção do sistema conceitual seguiu a noção de morfogênese para superar a complexidade de modelos explicativos multinível. O modelo identifica que a diversidade organizacional pode coexistir com pressões institucionais isomórficas fortes, uma vez que é central a noção de interpretação e re-interpretação contínua dos atores sociais dentro do campo. One of the central areas of focus in organizational theory that has been of particular interest is the organization-environment interface. Early studies in the sociological stream of new institutionalism contributed much to the study of organization, especially in illuminating organizational isomorphism that might appear in organizational fields. This perspective allows the understanding of how meaning is created and its role in the production e reproduction of everyday practices. However since the beginning critics about the way the new institutionalism treated social action and the role social actors in the creation, diffusion and stabilization of organizational practices. In this study a comprehensive theoretical framework is presented that accounts the variability of organizations in a organizational field, including new elements in the new institutionalism approach, specially the micro-macro concern. Three phases of construction of organizational field divide the framework; the initial focus is in social events that trigger the institutionalization process, carried out by key actors, the presentation of a new practice as a solution for some identifiable needs, passing through individual’s reflexive actions and, finally, the diffusion of this practices in the consolidation of an organizational field revealing some degree of convergence. The construction of this theoretical framework follows the morphogenesis concept to overcome the difficulty in dealing with multilevel explanation. The framework identify that organizational diversity can coexist with strong isomorphic pressure, considering that this pressures are always interpreted and re-interpreted by social actors in the field.