Article (Journal/Review)
Consumo no Brasil: teoria da renda permanente, formação de hábito e restrição à liquidez
Fecha
2004-09-01Registro en:
Revista Brasileira de Economia. Fundação Getúlio Vargas, v. 58, n. 3, p. 381-402, 2004.
0034-7140
10.1590/S0034-71402004000300004
S0034-71402004000300004.pdf
S0034-71402004000300004
Autor
Gomes, Fábio Augusto Reis
Institución
Resumen
This article analyzes the behavior of aggregate consumption series in Brazil. As usual, the random walk hypothesis of consumption, derived theoretically from the life cycle/permanent income and rational expectations hypothesis (PIH), is tested. The Beveridge e Nelson (1981) decomposition indicates that the consumption series has a stochastic trend and a cyclical stationary component, incompatible with the PIH. This result is in line with Reis et alii (1998), who concluded that a large fraction of Brazilian people is credit constrained, which generates a common cycle between consumption and income. Following, we introduce habit formation in the preference of a representative consumer in order to attempt to produce a process of consumption compatible with the empirical evidence. However, such a process does not prove itself statistically significant amidst the possibility of credit constraint consumers. Este artigo analisa a série de consumo agregado do Brasil. Como usual, investiga-se, primeiramente, a aplicabilidade da hipótese do passeio aleatório do consumo, derivada teoricamente a partir das hipóteses de ciclo de vida/renda permanente e expectativas racionais (TRP). Utilizando a decomposição de Beveridge e Nelson (1981) verificamos que o consumo apresenta, além de uma tendência estocástica, uma parte cíclica estacionaria, o que não é compatível com a TRP. Este resultado está em conformidade com o resultado de Reis et alii (1998) de que grande parte da população brasileira está restrita a consumir sua renda corrente, existindo um ciclo comum entre consumo e renda. Em uma tentativa de gerar um processo estocástico para o consumo compatível com a evidência empírica introduzimos formação de hábito nas preferências de um consumidor representativo. No entanto, o processo daí derivado não se mostrou significativo diante da possibilidade dos consumidores serem restritos à liquidez.