Dissertation
Fintechs as promoters of women’s financial inclusion: a comparative case study between Brazil, China and Kenya
Fecha
2022-01-11Autor
Corrêa, Marina Faria
Institución
Resumen
Discussions around the importance of women’s financial inclusion are a result of two main multidimensional issues: financial inclusion itself and gender equality. From the 1.7 billion people in this world that do not have a bank account, women represent 56% according to the World Bank Global Findex in 2017 (World Bank 2017). The representation is alarming, but worse is the fact that the breach between men and women remain virtually the same for a decade. Gender equality remains what it seems an unattainable goal despite major advancements in technology, sciences and human rights, and when it comes to the access, usage and quality of financial products and services this pattern unfortunately does not differ. Even though encouraging women to manage their own financial resources can have tremendous impact in poverty reduction, economic growth and global progress (Vargas and Santos 2021; Mayoux 2011), the intrinsic social, economic and market barriers faced by households, female entrepreneurs and women in general to open a bank account or access a loan persist. Nevertheless, recent changes in the financial industry promoted by Fintechs have had a relevant impact in the way women perceive their relationship with financial institutions. Such companies presented an innovative approach in designing and providing financial products, based on customer’s needs, leverage by technology and customer experience. This study focuses on understanding the background barriers that throughout history have limited the access of women to financial products. Moreover, it creates a framework based on qualitative research that establishes an ecosystem of variables that should be applied to women`s situation on different contexts serving as a foundation for comparison. This framework was used in a case comparative approach among Brazil, China and Kenya, concluding that Fintechs do hold the potential to promote women`s financial inclusion. As discussões em torno da importância da inclusão financeira das mulheres são resultado de duas grandes questões multidimensionais: a própria inclusão financeira e a igualdade de gênero. Do 1,7 bilhão de pessoas neste mundo que não têm conta bancária, as mulheres representam 56%, segundo o World Bank Global Findex em 2017 (World Bank 2017). A representação em si é alarmante, mas pior é o fato de a brecha entre homens e mulheres permanecer praticamente a mesma por uma década. A igualdade de gênero continua parecendo uma meta inatingível apesar dos grandes avanços em tecnologia, ciências e direitos humanos, e quando se trata de acesso, uso e qualidade de produtos e serviços financeiros esse padrão infelizmente não é diferente. Embora encorajar as mulheres a gerenciar seus próprios recursos financeiros possa ter um tremendo impacto na redução da pobreza, crescimento econômico e progresso global (Vargas e Santos 2021; Mayoux 2011), as barreiras sociais, econômicas e de mercado enfrentadas por mulheres chefes de família, mulheres empreendedoras e mulheres trabalhadoras para abrir uma conta bancária ou acessar um empréstimo persistem as mesmas. No entanto, as recentes mudanças no setor financeiro promovidas pelas Fintechs tiveram um impacto relevante na forma como as mulheres percebem seu relacionamento com as instituições financeiras. Tais empresas apresentaram uma abordagem inovadora na concepção e fornecimento de produtos financeiros, com base nas necessidades do cliente, alavancadas pela tecnologia e experiência do cliente. Este estudo se concentra em compreender as barreiras que ao longo da história limitaram o acesso das mulheres aos produtos financeiros. Além disso, cria uma estrutura baseada em pesquisas qualitativas que estabelece um ecossistema de variáveis que devem ser aplicadas à situação das mulheres em diferentes contextos servindo de base para comparação. Esse framework foi utilizado em uma abordagem comparativa de casos entre Brasil, China e Quênia, concluindo que as Fintechs possuem potencial para promover a inclusão financeira das mulheres.