Article (Journal/Review)
Compadrio e escravidão na Bahia seiscentista
Fecha
2014-12-01Registro en:
Afro-Ásia. Universidade Federal da Bahia, n. 50, p. 199-228, 2014.
0002-0591
10.1590/0002-05912014v50thi199
S0002-05912014000200199.pdf
S0002-05912014000200199
Autor
Krause, Thiago Nascimento
Institución
Resumen
This article looks into the peculiarities of slavery during the period of its consolidation in the main sugar producing area of Portuguese Brazil, by examining godparenthood practices and patterns in four rural parishes in Bahia from 1613 to 1700. By means of a quantitative analysis, the limited demographic relevance of the free people of color, the status of pardos and mulattoes in captivity and the rarity of Catholic marriage are shown, other regions and periods providing bases for comparison. On the other hand, a few case studies are also used to call attention to the participation of the elites in the spiritual kinship with slaves, be it direct or indirect. Such actions could be useful, for instance, to enlarge the network of social relationships of the great magnates with subaltern free people - who, in their turn, attempted to move upward in the social hierarchy. A partir do estudo do compadrio em quatro paróquias rurais na Bahia, entre 1613 e 1700, são examinadas as especificidades do período de consolidação da escravidão na principal capitania açucareira do Estado do Brasil. Por meio de uma análise quantitativa, demonstra-se a reduzida relevância demográfica dos forros, o prestígio de pardos e mulatos dentro do próprio cativeiro e a raridade do matrimônio oficializado pela Igreja Católica, em comparação com outras regiões e períodos. Por outro lado, também são realizados estudos de caso, de modo a atentar para o envolvimento - direto ou indireto - das elites no compadrio com os cativos: tais momentos podiam servir, por exemplo, para ampliar a rede de relações dos maiores potentados com livres subalternos - que, por sua vez, buscavam ascender socialmente.