Essays on offshoring

Abstract

This thesis studies how offshoring process affected growth and wages, as well as how the economy would be impacted if policies designed to hinder the process of global integration took place. The first chapter studies how protective measures can affect output of economies, as well as growth and consumption. The motivation comes from long term declining in trade barriers and transportation costs, as well as development in communication technology, which allowed firms to produce inputs in different places, assembling them together to generate a final good. We build an endogenous growth model with two regions: the North and the South, which differ by their endowment of skills. The North, which represents the United States, is relatively abundant in skilled labor, while the South, which denotes the Chinese economy, is relatively abundant in unskilled labor. Technology is produced in the North but may be adapted or directed to Southern needs, which possibly uses different technologies from the first due to complementary of certain technologies and labor skill endowment.We calibrate the model with U.S. and Chinese aspects and perform a quantitative exercise. Our results suggests that “America First Policy” represented here by the rise in import tariff of US over Chinese goods can reestablish the top position of the first in terms of GDP at PPP. However, distortions generated in relative prices drive down world output and consumption path remains below the one it would have otherwise attained in case of no policy. Growth is impacted to the extent that these measures affect the level of integration between economies. The second chapter is an attempt to better grasp the importance of offshoring on modeling wage distribution in U.S. throughout history. The motivation comes from the belief by many that offshoring process harmed U.S. workers, lowering their wages. We build a model contemplating different occupations and industries, taking into account linkages in the latter, discrimination related to sexist-racist preferences is allowed. Individuals differ by their level of schooling, race and abilities across occupation-industry pairs and choose where to work looking for the highest wage per hour, as in a Roy model. We bring the model to data estimating wage equation structural parameters using U.S. Census from 1970 to 2010 (decennial database), whereas firms parameters and offshoring measure come from I-O tables (1972 - 2007). Based on these parameters, we run a counter factual exercise assuming the economy starts in equilibrium, but at the beginning of next period agents face an offshoring shock, which reduces to zero the amount of intermediate goods imported. Finally, we let workers relocate and compute the new equilibrium, estimating the wage distribution without offshoring. Our main results point to: (i) No effect on wage distribution; (ii) Range of possibilities to relocation matters (making 2010 the most impacted year for several outcomes, followed by 1970 and roughly same impacts for 1980-2000); (iii) Relocation of workers is an important channel on total wage bill variation (roughly 50% is explained by it and the rest by variations in wages); (iv) Most variation in wages come from occupation-industry pairs than industry components, with the first one driving down wages; (v) Generally speaking, impacts in wages are negative, probably arising from a less efficient market allocation as a whole, since no productivity parameter has changed.

Esta tese estuda como o processo de offshoring afetou crescimento e salários, assim como a economia seria impactada caso políticas que visam dificultar o processo de integração global fossem adotadas. O primeiro capítulo estuda como medidas protecionistas afetam a produção das economias, assim como crescimento e consumo. A motivação vem do declínio de barreiras comerciais, custos de transporte e também do desenvolvimento de tecnologias de comunicação que permitiram que firmas produzissem inputs em diferentes locais e combinassem os mesmos gerando um bem final. Nós construímos um modelo de crescimento endógeno com duas regiões: Norte e Sul, que diferem em termos de dotações de qualificação de trabalhadores. O Norte, representado pelos Estados Unidos, é relativamente abundante em termos de trabalhadores qualificados, enquanto o Sul, representado pela China, é relativamente abundante em termos de trabalhadores não qualificados. A tecnologia é produzida no Norte mas pode ser adaptada ou direcionada as necessidades do Sul, que possivelmente usa uma gama de teconologias diferente do primeiro devido a complementaridade entre as tecnologias e tipos de trabalhadores. Nós calibramos o modelo usando aspectos da economia dos Estados Unidos e China e performamos um exercício quantitativo. Os resultados sugerem que a 'America First Policy' representada aqui pelo aumento das tarifas de importação dos Estados Unidos sobre produtos chineses pode reestabelecer a posição relativa dos Estados Unidos em termos de PIB ajustado por Paridade de Poder de Compra. Por outro lado, distorções nos preços relativos levam a uma menor produção mundial e a trajetória de consumo se mantém abaixo daquela que teria sido caso nenhuma política tivesse sido implementada. O crescimento é impactado ao passo que essas medidas afetam o nível de integração entre as economias. O segundo capítulo procura entender melhor a importância do processo de offshoring na distribuição dos salários nos Estados Unidos ao longo da história. A motivação vem da crença de que o processo de offshoring afetou negativamente trabalhadores nos Estados Unidos, diminuindo seus salários. Nós construímos um modelo contemplando diferentes ocupações e indústrias, levando em consideração a interconexões entre as últimas e permitimos discriminação relacionada a cor e sexo no mercado de trabalho. Os indivíduos difererem em termos de níveis de escolaridade, raça, sexo e habilidade relacionada as combinações de ocupação-indústria, escolhendo o trabalho que paga o maior salário por hora, como em um modelo de Roy. Usando o Censo dos Estados Unidos de 1970 a 2010 nós estimamos parâmetros estruturais via uma equação de salário e através das Input-Output tables de 1972 a 2007, estimamos os parâmetros das firmas e offshoring. Baseados nesses parâmetros, rodamos um exercício contrafactual assumindo que a economia inicia em equilíbrio, mas no começo do período seguinte ocorre um choque de offshoring, que reduz a zero a quantidade de bens intermediários importados. Por último, permitimos que os trabalhadores se realoquem e computamos o novo equilíbrio, estimando a distribuição de salários para o caso sem offshoring. Nossos principais resultados apontam para: (i) Nenhum efeito na distribuição dos salários; (ii) A gama de possiblidades para realocação importa (transformando o ano de 2010 no mais impactado para diversos indicadores, seguido de 1970 e, por fim, impactos similares para o período de 1980-2000); (iii) A realocação de trabalhadores é um canal importante para explicar a variação da massa salarial (cerca de 50%, enquanto o restante é explicado por varições nos salários); (iv) A maior parte das variações em salários vem de fatores relacionados aos pares de ocupação-indústria do que somente a indústria, sendo que o primeiro é o responsável por puxar os salários para baixo; (v) De uma forma geral, impactos nos salários são negativos, provavelmente por conta de uma alocação de mercado menos eficiente como um todo, uma vez que nenhum parâmetro de produtividade se alterou.