Dissertation
Do ESG metrics impact financial performance in Brazil?
Fecha
2021-05-25Registro en:
Schleich, Melissa Velasco. Do ESG metrics impact financial performance in Brazil? Dissertação (mestrado profissional MPGC) – Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de São Paulo. 2021.
Autor
Schleich, Melissa Velasco
Institución
Resumen
Embora conceitos de sustentabilidade tenham surgido em meados da década de 1990 e o termo ESG1 – designação para ambiental, social e governança - tenha sido cunhado em 2004, o conceito realmente ganhou força apenas nos últimos anos. Empresas em todo o mundo têm adotado práticas ESG, seguindo uma demanda insurgente de stakeholders e investidores institucionais - apesar da falta de obrigatoriedade, ou mesmo de métricas consolidadas ou convergentes. Dada a crescente relevância do assunto no mercado de capitais, esta pesquisa teve como objetivo investigar, com base em um score de ESG selecionado, se as práticas e reporte de âmbito do ESG poderiam afetar os resultados de companhias negociadas em bolsa de valores no Brasil. Para tanto, coletamos ESG scores (do sistema Refinitiv ESG) de 106 companhias no Brasil, negociadas na bolsa brasileira. Em seguida, utilizamos as métricas ESG disponíveis, por meio de uma série temporal transversal (em painéis) de 2015 a 2019, tendo Tobin´s Q e ROA como variáveis dependentes. Em termos de desempenho de mercado (relacionado a Tobin´s Q), observamos que as práticas de ESG afetaram negativamente o Tobin´s Q em cerca de 16%, ao passo que a reputação das empresas (auferida por meio de indicador de controvérsias) correspondeu a um impacto positivo nos resultados da ordem de 25%. Em relação às dimensões E, S e G, separadamente, todas as dimensões indicaram impacto negativo, com a dimensão S apresentando o maior coeficiente, oriundo principalmente dos efeitos inversos advindos de práticas relacionadas à força de trabalho e a comunidades. Em termos de performance contábil (mensurada por meio de ROA), os coeficientes obtidos ficaram muito próximos de zero, indicando, em geral, pouco ou nenhum impacto de métricas ESG. Although sustainability concepts have emerged in mid-1990s and the ESG term – for environment, social and governance – was coined in 2004, only in the last few years have this concept actually gained traction. Companies worldwide have been adopting ESG practices, following an insurgent demand from stakeholders and institutional investors - despite the lack of mandatory, consolidated or even convergent reporting metrics. Given the subject´s increasing relevance in capital markets, the current research aimed to investigate whether ESG practices and reporting could affect publicly traded companies results in Brazil. For this purpose, we have collected ESG scores (from Refinitive ESG system) from 106 companies in Brazil traded in the Brazilian stock exchange. We have then used the available ESG metrics through a cross-sectional time-series (panel) from 2015 to 2019, having Tobin´s Q and ROA as dependent variables. In terms of market performance (related to Tobin´s Q), we have observed that ESG practices negatively affected securities in around 16%, whereas companies´ reputation (measured through a controversies indicator) could respond for a positive impact on results in the magnitude of 25%. When looking at E, S and G separately, all dimensions indicated a negative impact, with S presenting a higher negative coefficient (of around 11%), mostly due to an inverse effect driven by practices related to workforce and communities. In terms of accounting performance (measured through ROA), all coefficients were very close to null, generally indicating little or no impact from ESG metrics.