Thesis
Essays on trade policy
Date
2020-05-26Author
Franco Junior, Marcos Ritel
Institutions
Abstract
Trade negotiations have been a great success since the 1950s and today virtually every country in the world is part of at least one trade treaty. Nowadays, there is widespread participation in multilateral trade agreements, with members of the World Trade Organization accounting for more than 95% of world trade. Also, there is widespread membership in preferential trade agreements, with each member of the WTO joining on average twenty other trade agreements that allow for deeper integration between countries. This dissertation investigates the causes and consequences of this phenomenon. The first chapter examines what motivates trade agreements. I challenge the view that trade treaties are necessary because countries have an incentive to unilaterally impose import tariffs to manipulate their terms-of-trade and obtain welfare gains at the expense of partners. This is a mainstream argument in economics, the so-called terms of trade theory. I evaluate whether predictions of this theory are consistent with the data by asking what import tariffs countries would choose if multilateral trade negotiations were designed according to its logic. Motivated by empirical evidence on tariffs and a theory of trade negotiations, I pursue this goal in the context of a quantitative gravity model that simulates partial cooperation inside the WTO. Matching the model to the data of 15 countries during the Uruguay Round, I find that counterfactual average tariffs are consistent with real negotiated outcomes for the EU, Japan, and the US, the main trade negotiators at the time. For other economies, tariff choices do not imply a sizable trade externality that can promote cooperation. The second chapter looks at the consequences of the rules of the world trading system for developing countries. It investigates the effects of the Generalized System of Preferences, a form of nonreciprocal tariff cuts which apply over exports from developing economies. I use an empirical gravity equation approach to study how those nonreciprocal preferences affect the exports of the beneficiary nations. In line with existing studies, I find that the average trade effect stemming from nonreciprocal preferences is highly unstable across econometric specifications. However, once I allow for heterogeneous effects, results become robust and economically important. Specifically, non-reciprocal preferences have a strong effect on the exports of beneficiaries when they are members of the World Trade Organization and are very poor. Not-so-poor beneficiaries also expand foreign sales, but only if they are not WTO members. For all others, the average export effects of NRTPs are mute. Acordos comerciais têm sido um grande sucesso desde a década de 1950. Atualmente, a maioria dos países participa de acordos comerciais multilaterais, com membros da Organização Mundial do Comércio hoje responsáveis por mais de 95 % do comércio mundial. Além disso, a maioria dos países também é membro de acordos preferenciais de comércio - cada membro da OMC adere, em média, a outros vinte outros acordos preferenciais de comércio que permitem uma integração mais profunda entre parceiros. Esta dissertação investiga causas e consequências desse fenômeno. O primeiro capítulo investiga o que motiva acordos comerciais. Eu questiona a visão de que acordos comerciais são necessários porque países têm um incentivos a impor unilateralmente tarifas de importação para manipular seus termos de troca e obter ganhos de bem-estar às custas dos parceiros. Este é um dos argumento dominante em economia, a chamada teoria dos termos de troca. Eu avalio se as previsões dessa teoria são consistentes com os dados perguntando quais tarifas de importação países escolheriam se negociações comerciais multilaterais fossem desenhadas dentro dessa lógica. Motivado por evidências empíricas sobre tarifas e uma teoria de negociações comerciais, eu conduzo essa análise através de um modelo de gravidade quantitativo que simula cooperação parcial dentro da OMC. Comparando o modelo com os dados de 15 países durante a Rodada do Uruguai, eu observo que as tarifas médias contrafactuais são consistentes com os dados da União Européia, do Japão e dos EUA, os principais negociadores à época. Para outras economias, as escolhas tarifárias não implicam externalidades que sejam capazes de promover cooperação. O segundo capítulo analisa as conseqüências das regras do sistema mundial de comércio para países em desenvolvimento. Eu investiga os efeitos do Sistema Geral de Preferências, uma tipo de preferências tarifárias não recíprocas que se aplicam às exportações de países em desenvolvimento. Eu utilizo uma abordagem empírica através de equações da gravidade para estudar como essas preferências não recíprocas afetam exportações de países beneficiários. Em acordo com estudos existentes, os resultados mostram que o efeito médio de preferências não recíprocas é altamente instável de acordo com as diferentes especificações econométricas. No entanto, uma vez que eu permito efeitos heterogêneos, os resultados se tornam robustos e economicamente importantes. Especificamente, preferências não recíprocas têm um forte efeito nas exportações de beneficiários quando eles são membros da Organização Mundial do Comércio e são muito pobres. Já beneficiários não tão pobres também expandem as suas exportações, mas apenas se não forem membros da OMC. Para todos os outros, os efeitos médios das exportações são nulos.