Trabalho de Conclusão de Curso
Avaliação do volume cerebral e cerebelar em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva de etiologia chagásica e não chagásica através de ressonância magnética craniana em Salvador (Bahia, Brasil)
Fecha
2017-02-08Autor
Gonçalves, Beatriz Martinelli Menezes
Institución
Resumen
A Doença de Chagas (DC) é a sexta maior infecção
tropical do mundo, responsável pela morte de aproximadamente 10.000 pessoas por ano.
Estudos cognitivos com pacientes acometidos por DC têm demonstrado a presença de
acometimentos neurológicos centrais, não apenas associados à complicação por insuficiência
cardíaca (IC). Essas alterações cognitivas podem ser identificadas a partir das diferenças
anatômicas presentes no cérebro desses pacientes, inferidas a partir do estudo da ressonância
magnética (RM) craniana. Objetivos: Comparar o volume cerebral e cerebelar de pacientes
com IC chagásica e IC por outras etiologias, e identificar possíveis preditores de atrofia
cerebral e cerebelar. Metodologia: A RM desses pacientes foi analisada pelo software MRIcro
versão 1.40. Atrofia foi definida pela proporção entre o volume cerebral e cerebelar,
respectivamente, e o volume intracraniano. Foram realizadas análises uni e multivariadas em
regressão linear para avaliar possíveis preditores de diferenças de volume e atrofia.
Resultados: Foram estudados 150 pacientes, 75 com ICC chagásica e 75 com IC por demais
etiologias. Em relação aos preditores: há um decréscimo de volume cerebral e cerebelar com a
idade, e homens possuem maior volume cerebral e cerebelar do que mulheres. Ter doença
arterial coronariana é um preditor de atrofia cerebral e cerebelar e quanto maior a fração de
ejeção, menos atrofia cerebral. Doença de Chagas não se mostrou como preditor de atrofia
cerebral ou cerebelar, apesar de estar associado com alterações de volume. Conclusão:
Doença de Chagas não é um preditor de atrofia cerebral ou cerebelar.