Thesis
Epidemiologia da esquistossomose mansoni em área de baixa prevalência de Alagoas
Fecha
2020Registro en:
SANTOS, Israel Gomes de Amorim. Epidemiologia da esquistossomose mansoni em área de baixa prevalência de Alagoas. 2020. 146 p. Tese, (doutorado)-Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2020.
Autor
Santos, Israel Gomes de Amorim
Institución
Resumen
O Schistosoma mansoni é responsável pela infecção de 1,5 milhão de pessoas no Brasil, sendo a região Nordeste a que apresenta as maiores prevalências para a esquistossomose. Na região, Alagoas é um dos estados mais afetados, com 70 municípios dos endêmicos para a doença e elevadas taxas de casos positivos, hospitalização e mortalidade. Assim, o objetivo do estudo foi analisar aspectos epidemiológicos da esquistossomose mansoni na área endêmica do estado de alagoas. Os dados foram coletados no Sistema de Informação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose, além da análise espacial e estudo transversal por meio de inquérito parasitológico (casos humanos) e malacológico (vetores). Os dados são apresentados em artigos científicos. A análise espacial mostrou que em Alagoas sete municípios precisam de medidas imediatas de intervenção e controle do agravo. No inquérito parasitológico, os dados mostram um novo perfil da doença, representado por uma grande proporção de infecções na zona urbana, ausência de vetores infectados e com alguns fatores de risco clássicos não associados à infecção. No inquérito malacológico, demonstrou-se a presença de Biomphalaria glabrata e Biomphalaria straminea em açúdes e lagoas da região, além da importância destas coleções hídricas na manutenção e sobrevivência dos caramujos, dada a quantidade de ambientes aquáticos desse tipo e de abrigarem a maioria dos Biomphalaria coletados. O estudo também mostrou que a ampliação do número de lâminas de Kato-Katz analisadas aumenta a sensibilidade do método o que seria uma alternativa para a otimização das atividades e resultados do Programa de Controle da Esquistossomose. Por fim, o estudo ressalta a importância de trabalhos como este no entendimento da epidemiologia da esquistossomose nas áreas endêmicas e da manutenção da doença nas agendas prioritárias de saúde, visando sempre a melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo com a doença ou sob risco de infecção .