Tesis
EFEITO DA MODIFICAÇÃO TÉRMICA NAS PROPRIEDADES DA MADEIRA DE MOGNO AFRICANO (Khaya ivorensis A. Chev.)
Fecha
2019-04-30Registro en:
LIMA, A. C. B., EFEITO DA MODIFICAÇÃO TÉRMICA NAS PROPRIEDADES DA MADEIRA DE MOGNO AFRICANO (Khaya ivorensis A. Chev.)
Autor
LIMA, A. C. B.
Institución
Resumen
O Brasil é reconhecido por possuir uma das maiores biodiversidades do mundo. Em relação aos recursos florestais, a madeira é um dos principais. O mogno brasileiro (Swietenia macrophylla) em decorrência da exploração, encontra-se escasso e, portanto, há diminuição da oferta e aumento de preços no mercado nacional e internacional e, também por ser atacado pela Hypsipyla grandella (broca-do-ponteiro). A fim de contornar tais problemas, foi introduzido no Brasil, o mogno africano (Khaya sp.). Houve uma boa aceitação do mercado, por ter características semelhantes ao mogno brasileiro e ser resistente à broca-do-ponteiro, motivando o crescimento das áreas plantadas no Brasil. Com tal potencial econômico, mas com carências em relação a trabalhos que abordem o conhecimento tecnológico dessa madeira. Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito da modificação térmica nas propriedades da madeira de mogno africano (Khaya ivorensis). Foram avaliadas a posição de amostragem alburno/cerne e cerne interno e a temperatura de modificação térmica. Avaliou-se o efeito das temperaturas de modificação térmica na colorimetria; química; propriedades físicas e mecânicas e, realizados ensaios biológicos com térmitas (madeira seca e subterrânea). Para os tratamentos térmicos realizados (180 e 200 °C) foi percebido um realce na cor da madeira de mogno africano, tendo adquirido uma coloração mais uniforme. A madeira modificada termicamente tornou-se menos higroscópica, dimensionalmente mais estável e menos densa, para ambas as temperaturas (180 e 200 °C). O teor de umidade de equilíbrio, densidade aparente e inchamento tangencial diminuíram com o aumento da temperatura de 180 para 200 °C. Quanto aos módulos de elasticidade (rigidez), tanto estático como o dinâmico, constatou-se, de forma geral, que aumentaram com a elevação das temperaturas dos tratamentos térmicos (180 e 200 °C). A temperatura mais indicada para a melhoria da resistência da madeira a térmitas de madeira seca (Cryptotermes brevis) e subterrâneas (Nasutitermes corniger) foi a de 180 °C, por promover maior mortalidade e a morte mais rápida dos insetos. Assim a temperatura de 180 °C foi a mais favorável para a modificação térmica da madeira de mogno africano testada.