Trabalho de Conclusão de Curso
Freqüência de síndrome metabólica e sua relação com indicadores de gravidade em indivíduos com hipertensão arterial resistente.
Fecha
2015-11-19Autor
Gomes Junior, Adilson Machado
Institución
Resumen
FREQUÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA E SUA RELAÇÃO COM INDICADORES
DE GRAVIDADE EM INDIVÍDUOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL RESISTENTE.
Fundamentação Teórica: A hipertensão arterial resistente (HAR) é definida pela ausência de controle
adequado da pressão arterial segundo as metas recomendadas, a despeito do uso múltipla terapia anti-
hipertensiva. A síndrome metabólica (SM) apresenta-se como um transtorno que está relacionado com
a presença de obesidade visceral, dislipidemia, resistência a insulina, hiperglicemia e hipertensão.
Indivíduos portadores destas condições apresentam alto risco para desenvolvimento de doença
cardiovascular. Estudos atuais apontam uma relação entre a HAR e a SM. Objetivo: Determinar a
frequência de SM em uma população de pacientes com HAR e sua relação com indicadores de
gravidade. Métodos: Realizou-se um estudo de caráter observacional, descritivo, do tipo série de casos
com pacientes de um serviço especializado. Os pacientes foram estratificados quanto à expressão ou
não de SM. Para definir a existência de SM, utilizou-se os critérios da International Diabetes
Federation. Nos diferentes subgrupos, as variáveis analisadas foram a presença de hipertrofia
ventricular esquerda (HVE) através do índice de massa do ventrículo ao ecocardiograma, a função
renal a partir da estimativa da filtração glomerular pela equação de Cockcroft-Gaut, quantidade de
medicamentos em uso, níveis pressóricos e manifestações clinicas da doença aterosclerótica.
Resultados Foram avaliados 104 pacientes, destes 67% eram do sexo feminino, a faixa etária variou
de 37 a 91 anos com média de 63±12 anos. A prevalência de SM foi de 72%. Quando analisadas as
diferentes variáveis nos dois subgrupos, com e sem síndrome metabólica, encontrou-se,
respectivamente, a frequência de diabetes foi de 45% vs 7% (p<0,001) e a de obesidade, 45% vs 14%
(p<0,001); encontrou-se hipertrofia ventricular esquerda em 37% vs 38%; 43 % vs 41% possuíam
manifestação de doença aterosclerótica; os níveis pressóricos estavam elevados em 74% vs 64;
encontrou-se alteração da função renal em 34% vs 43%; e a quantidade média de anti-hipertensivos
utilizados foi de 5±1 vs 4±1 (p=0,033). Discussão: A alta frequência de SM encontrada corrobora com
os dados existentes na literatura, de que existe associação entre as duas condições. Conclusão: Diabetes
e obesidade estiveram associadas com a SM em sujeitos com HAR e a quantidade média de anti-
hjipertensivos utilizados foi maior em portadores de SM.