Trabalho de Conclusão de Curso
Prevalência de esteatose hepática em pacientes com hipertensão arterial resistente
Fecha
2015-05-11Autor
Nunes, Bianca de Almeida
Institución
Resumen
PREVALÊNCIA DE ESTEATOSE HEPÁTICA EM PACIENTES
COM HIPERTENSÃO ARTERIAL RESISTENTE. Introdução: A hipertensão
arterial resistente (HAR) é uma entidade clínica de difícil controle, associada a um
alto risco cardiovascular. É comum a associação da HAR com a síndrome
metabólica (SM), que está intimamente relacionada com a esteatose hepática (EH).
A hipertensão arterial também é considerada como um estado de resistência à
insulina e está relacionada ao desenvolvimento de EH de forma independente.
Estudos demonstraram que, além da relação causal, um aumento na resistência à
insulina pode ser consequência da EH. Esta condição levaria a um estado de
hiperinsulinemia, culminando com uma elevação da pressão arterial (PA) e,
possivelmente, a maior dificuldade no controle da PA em pacientes com HAR.
Objetivo: Avaliar a prevalência de sinais de esteatose hepática em pacientes
ambulatoriais com HAR. Metodologia: Estudo transversal em um serviço de
referência em doença cardiovascular hipertensiva grave. A HAR foi definida
conforme critérios da Sociedade Brasileira de Cardiologia. SM foi definida
conforme critérios do NCEP/ATP-III. Os sinais de esteatose hepática foram
avaliados a partir da ultrassonografia de abdome total. Foram divididos dois grupos
para análise: com e sem esteatose hepática. Resultados: A população geral
estudada é composta por mulheres, idosos, não brancos e com baixa escolaridade. A
prevalência de EH foi de 35,7%. A prevalência de alcoolismo foi de 9,1% na
população geral e não houve diferença entre os grupos. Diabetes Mellitus (DM)
(55%) e SM (82,4%) foram mais frequentes no grupo com EH, com p=0,01 e 0,03
respectivamente. Circunferência abdominal, hemoglobina glicada e triglicerídeos
tiveram valores méd ios mais elevados no grupo com EH. Não houve diferença entre
os grupos no controle da PA e na adesão medicamentosa, que foi baixa nos dois
grupos. Os componente s da SM foram avaliados de forma isolada, não havendo
diferença estatisticamente significante entre os grupos. Conclusões: As altas
prevalências encontradas de EH e comorbidades associadas neste grupo podem
contribuir para a dificuldade do controle pressórico e para aumento do risco
cardiovascular nesses pacientes.