Dissertação
Características nutricionais e densidade mineral óssea em Crohn
Fecha
2015-03-09Autor
Coqueiro, Fernanda Gomes
Institución
Resumen
Pacientes com diagnóstico de doença de Crohn (DC), comumente apresentam
diminuição da densidade mineral óssea. O peso, composição corporal e ingestão de
nutrientes são alguns fatores associados à densidade mineral óssea (DMO) na população
saudável. Objetivo: Esse trabalho visa avaliar a associação entre características
nutricionais e densidade mineral óssea em um grupo de pacientes portadores de DC.
Metodologia: Participaram do estudo 60 pacientes com diagnóstico de DC, com idade
superior a 18 anos. Foram avaliados exames bioquímicos (Proteína C reativa e
velocidade de hemossedimentação); indicadores antropométricos [índice de massa
corporal (IMC) e circunferência da cintura (CC)]; composição corporal, por absorção de
raio x de dupla energia (DEXA) em corpo total e consumo dietético, por meio de
aplicação de dois Recordatórios de 24 horas. Foram analisados os consumos de:
proteína, gordura total, cálcio, fósforo, magnésio, potássio e as vitaminas D, K e C. A
avaliação da DMO foi realizada por meio do DEXA nas vértebras lombares e colo do
fêmur. Na análise estatística, foram empregados os testes de qui-quadrado, teste T
student ou o teste de Mann-Whitney, correlação de Pearson ou Sperman e regressão
linear múltipla. Resultados: A presença de osteopenia ou osteoporose foi encontrada
com frequência nos pacientes avaliados (41,7% e 11,7%, respectivamente). Foram
observadas correlações moderadas entre DMO e IMC, massa magra, CC, ingestão de
proteína, cálcio, fósforo e magnésio em pelo menos um dos sítios avaliados. Na análise
de regressão linear para DMO da coluna, apenas IMC e ingestão de cálcio mantiveram
associação e para DMO da coluna, CC e ingestão de fósforo continuaram no modelo
final, no entanto, apresentaram baixo poder de explicação sobre a DMO. Conclusão: A
frequência de baixa DMO é elevada e o IMC e ingestão dietética de cálcio e fósforo
estão associados aos valores da DMO em pacientes com DC. Assim o estado nutricional
deficiente parece contribuir para redução da DMO em pacientes com DC, sendo
importante a otimização da avaliação e acompanhamento nutricional desses pacientes.