Artigo de Periódico
Câncer de mama triplo negativo e sua associação com ancestralidade africana
Fecha
2010Registro en:
2236-5222
v. 9, n. 1
Autor
Corrêa, Paula Brito
Toralles, Maria Betânia Pereira
Abe Sandes, Kiyoko
Machado, Taisa Manuela Bonfim
Bonfim, Thaís Ferreira
Meyer, Lorena
Abe Sandes, Camila
Nascimento, Ivana Lúcia de Oliveira
Corrêa, Paula Brito
Toralles, Maria Betânia Pereira
Abe Sandes, Kiyoko
Machado, Taisa Manuela Bonfim
Bonfim, Thaís Ferreira
Meyer, Lorena
Abe Sandes, Camila
Nascimento, Ivana Lúcia de Oliveira
Institución
Resumen
Câncer de mama triplo-negativo (TN) é um termo recente e refere-se a tumores que, quando analisados por imunohistoquímica, não expressam receptores de estrógeno, progesterona e HER2 (receptor do fator de crescimento epidérmico). O fenótipo triplo-negativo possui características patológicas e clínicas bastante diferentes dos demais subtipos de câncer de mama. Estes tumores afetam mais frequentemente mulheres com menos de 50 anos, que possuem comportamento mais agressivo, apresentam resposta pobre aos protocolos de tratamento existentes e são mais prevalentes entre as afrodescendentes (AD). O objetivo deste estudo foi fazer uma associação fenotípica entre ancestralidade africana e câncer de mama triplo-negativo. Foram analisados 70 prontuários de pacientes encaminhados ao Ambulatório de Oncogenética do Complexo do Hospital Universitário Professor Edgar Santos da Universidade Federal da Bahia, dos quais 14,2% apresentaram o fenótipo TN. No fenótipo triplo-negativo, as afrodescendentes apresentaram frequência maior, 10%, quando comparadas com mulheres do grupo racial branco. Estudos moleculares são necessários para explicar essas diferenças raciais. Tais associações podem contribuir para o desenvolvimento de uma nova estratégia terapêutica em mulheres AD com esse fenótipo.