Artigo
Divertículo faringoesofagiano: avaliação dos resultados do tratamento
Fecha
2013-04-01Registro en:
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 40, n. 2, p. 104-109, 2013.
0100-6991
10.1590/S0100-69912013000200004
S0100-69912013000200004
S0100-69912013000200004.pdf
4728690596167767
Autor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumen
OBJETIVO: Avaliar a evolução pós-operatória de pacientes com divertículo faringoesofagiano submetidos aos tratamentos cirúrgico e endoscópico. MÉTODOS: Foram analisados de maneira retrospectiva 36 pacientes com divertículo faringo-esofagiano atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP. Os pacientes foram distribuídos em dois grupos, na dependência do tratamento: grupo 1 (n=24) - diverticulectomia associada á miotomia do cricofaríngeo, através de cervicotomia esquerda; grupo 2 (n=12) - diverticulostomia endoscópica usando grampeador linear. RESULTADOS: A mortalidade operatória foi nula em ambos os grupos. Complicações precoces: grupo 1 - dois pacientes desenvolveram fistula cervical e outros dois, rouquidão; grupo 2 - sem complicações. Complicações tardias: grupo 1 - sem complicações: grupo 2: recidiva da disfagia em quatro pacientes (p=0,01). O seguimento médio foi 33 meses para o grupo 1 e 28 meses para o grupo 2. CONCLUSÃO: Os dois procedimentos foram eficazes na remissão da disfagia. O tratamento cirúrgico apresentou superioridade em relação ao endoscópico, com resolução da disfagia com um único procedimento. O tratamento endoscópico deve ser reservado para os mais idosos e portadores de comorbidades. OBJECTIVE: To evaluate the postoperative outcome of patients with pharyngoesophageal diverticulum submitted to surgical and endoscopic treatments. METHODS: We retrospectively analyzed 36 patients with pharyngo-esophageal diverticulum treated at the Hospital of the Medical School of Botucatu - UNESP. Patients were divided into two groups, depending on the treatment: group 1 (n = 24): diverticulectomy associated myotomy through a left cervicotomy; group 2 (n = 12): endoscopic diverticulostomy with linear stapler. RESULTS: Operative mortality was zero in both groups. Early complications: group 1- two patients developed cervical fistula and two, hoarseness; group 2 - none. Late complications: group 1 - none; group 2: recurrence of dysphagia in four patients (p = .01). Mean follow-up was 33 months for group 1 and 28 months for group 2. CONCLUSION: Both procedures were effective in remission of dysphagia. Surgical treatment showed superiority to endoscopy, with resolution of dysphagia with a single procedure. Endoscopic treatment should be reserved for the elderly and those with comorbidities.