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O registro (in)formal em traduções e adaptações de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen: simulação temporal e convergência ao público-alvo
Autor
Amorim, Lauro Maia
Pecorari, Daniele
Resumen
Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa sobre a ocorrência do registro formal e do informal em diálogos ficcionais de traduções e adaptações de Pride and Prejudice, de Jane Austen, para a língua portuguesa. Na pesquisa, buscou-se alcançar dois objetivos: 1) averiguar se o emprego de registros mais formais, geralmente associados à norma padrão tradicional, podem ter servido à estratégia de simular um efeito de distanciamento temporal, já que o romance em inglês foi originalmente escrito no século XIX, e, 2) observar se houve a ocorrência de marcas de oralidade contemporâneas nos diálogos, o que pode representar uma aproximação de formas linguísticas não abonadas pela norma padrão, ainda que admitidas pela chamada norma culta, usualmente praticada por falantes/escreventes letrados. Os resultados da pesquisa apontam para um certo hibridismo linguístico, em que há a preponderância de construções linguísticas formais (alinhadas à norma padrão), convivendo, porém, com a ocorrência mais limitada de marcas de oralidade, especialmente em uma das adaptações, voltada para o público juvenil.