Tesis
Desenvolvimento de modelo experimental de dor crônica pós-operatória
Fecha
2020-07-14Registro en:
MARRA, Thayná Moreira Gomes. Desenvolvimento de modelo experimental de dor crônica pós-operatória. 2019. 62 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências e Tecnologias em Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Marra, Thayná Moreira Gomes
Institución
Resumen
Introdução: A dor crônica pós-operatória constitui um grave problema de saúde. Apesar de
estudos e pesquisas terem sido desenvolvidos a respeito dos possíveis mecanismos da
evolução da dor aguda pós-operatória para dor crônica, ainda não existem dados consistentes
sobre sua prevenção e nem o completo entendimento dos mecanismos envolvidos na
persistência do quadro doloroso. Objetivos: Esse estudo teve como objetivo desenvolver
modelo de sensibilização nociceptiva pós-incisional persistente e iniciar a investigação do papel
da via de sinalização Keap1/Nrf2/ARE neste processo. Metodologia: Foram utilizados ratos
(Rattus novergicus) da linhagem Wistar, machos, pesando entre 100-300 gramas. Esses foram
tratados com agente pró-inflamatório Carragenina previamente ao procedimento cirúrgico nas
patas traseiras. O limiar mecânico das patas traseiras dos animais foi avaliado utilizando-se um
Analgesímetro Digital (Insight – Brasil). Para o desenvolvimento da sensibilização nociceptiva
pós-incisional persistente foi realizada uma adaptação do método descrito por Brennan et al.,
(1996). Para estudo da via Keap1/Nrf2/ARE no processo de desenvolvimento da sensibilização
nociceptiva pós-incisional persistente foi utilizado o ativador da via Apigenina, e o inibidor da
via Brusatol. Resultados: A sensibilização nociceptiva pós-incisional persistente foi
desenvolvida administrando-se Carragenina 100 μg/pata/100μL por seis dias consecutivos. No
sétimo dia foi realizada a incisão cirúrgica. A intensidade de hipernocicepção permaneceu
alterada por 30 dias, demonstrando que os animais que receberam esse tratamento
apresentaram sensibilização nociceptiva pós-incisional persistente. A Apigenina reduziu a
hipernocicepção aguda, porém nos protocolos de cronificação os dados são inconclusivos. Por
outro lado, o Brusatol foi capaz de induzir a sensibilização nociceptiva pós-incisional
persistente. Conclusões: Foi desenvolvido o modelo de dor crônica pós-operatória. A via
Keap1/Nrf2/ARE se mostrou promissora para seguir os estudos investigando os mecanismos
envolvidos na indução e possível prevenção da dor crônica pós-operatória.