Tesis
Desenvolvimento e caracterização de nanopartículas mucoadesivas deoxaliplatina para quimioterapia tópica de tumores da cavidade oral
Fecha
2018-09-26Registro en:
MATOS, Breno Noronha. Desenvolvimento e caracterização de nanopartículas mucoadesivas deoxaliplatina para quimioterapia tópica de tumores da cavidade oral. 2018. 95 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Farmacêuticas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Matos, Breno Noronha
Institución
Resumen
O principal objetivo desse estudo foi desenvolver e caracterizar nanopartículas mucoadesivas de quitosana encapsulando o fármaco oxaliplatina (OXPt) como estratégia para o tratamento tópico de cânceres da cavidade oral. O método analítico validado para as análises quantitativas demonstrou a separação da OXPt sem a interferência dos solventes ou dos polímeros mais relevantes para o desenvolvimento de formulações farmacêuticas bioadesivas (quitosana e poloxamer). O método apresentou linearidade (r > 0,999) durante o estudo da OXPt em um faixa de concentração de (0,5 – 15,0 μg.mL-1) com valores de precisão e exatidão aceitáveis (< 5,0%). Os limites de detecção e quantificação foram 0,0999 e 0,331 μg.mL-1, respectivamente. Após os estudos de compatibilidade físico-químico e análise térmica, a OXPt pode ser classificada como fármaco de Classe III de acordo com o Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB), isto é, a molécula apresenta alta solubilidade em água e baixa permeabilidade. OXPt no estado sólido mostrou ser adequada para as condições de produção farmacêutica, sendo estável quando exposta a aquecimento ou luz. Dentre os polímeros testados, somente a quitosana de médio peso molecular mostrou-se incompatível com OXPt, com forte evidência de decomposição química e mudanças físicas nas amostras de fármaco-polímero. As partículas desenvolvidas, nesse estudo, apresentaram características de composição, tamanho (188,43 ± 19,7) e potencial zeta (+44,81 ± 2,8) que as conferiram mucoadesividade, mesmo quando o tratamento ex vivo foi realizado com sucessivas “lavagens” da formulação para simular o fluxo salivar. O fármaco tanto em sua forma encapsulada como livre foi capaz de inibir o crescimento da linhagem SSC-9 do câncer de língua em concentrações acima de 25 μg.mL-1 e o principal mecanismo de morte celular ocasionado parece ser o de apoptose. Dessa forma, a formulação desenvolvida parece ser uma alternativa promissora como método adjuvante no tratamento dos cânceres da cavidade oral.