Tesis
Redes neurais artificiais para predição da vida útil de madeiras da Amazônia em campo de apodrecimento
Fecha
2021-01-25Registro en:
OLIVEIRA, Elian Meneses. Redes neurais artificiais para predição da vida útil de madeiras da Amazônia em campo de apodrecimento. 2020. 141 f., il. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Autor
Oliveira, Elian Meneses
Institución
Resumen
Este trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação de inteligência artificial, por meio de
redes neurais artificiais, para a predição da vida útil de madeiras não tratadas quimicamente e
tratadas com arseniato de cobre cromatado (CCA) tipo C, instaladas em campo de
apodrecimento em área de Cerrado do Distrito Federal. O teste em campo foi conduzido durante
40 meses, utilizando estacas das madeiras de sumaúma (Ceiba pentandra), marupá (Simarouba
amara), curupixá (Micropholis melinoniana) e cerejeira (Amburana cearensis), cujos
desempenhos foram avaliados através da perda de massa e das técnicas não destrutivas de
ultrassom e espectroscopia no infravermelho próximo. O preservante químico CCA-C conferiu
alta proteção às madeiras contra o ataque de fungos e insetos xilófagos, principalmente às
espécies de baixa durabilidade natural. Dentre as madeiras não tratadas quimicamente, a
cerejeira apresentou a maior resistência natural, possivelmente devido ao seu alto teor de
extrativos. De modo geral, a velocidade de propagação da onda ultrassônica apresentou
tendência de decréscimo para as madeiras não tratadas, enquanto que nas amostras com CCA-
A mostrou maior estabilidade ao longo do período de exposição em campo. Os espectros de
infravermelho próximo evidenciaram um consumo mais significativo da celulose, sobretudo nas
amostras de madeiras não tratadas quimicamente. As redes neurais, do tipo MLP (do inglês
Multilayer Perceptron), utilizando como variáveis preditoras dados provenientes das avaliações
não destrutivas de ultrassom e espectroscopia no infravermelho próximo foram precisas na
estimativa de perda de massa decorrente de biodeterioração e, por conseguinte, da vida útil da
madeira. Os erros em torno de 15% validaram a indicação desta ferramenta de inteligência
artificial para projeção de perda de massa e de problemas estruturais em estacas de madeiras
em serviço.