Tesis
Os erros na oralidade e o feedback corretivo : crenças e ações de duas professoras de espanhol para aprendizes brasileiros
Fecha
2019-09-16Registro en:
MORALES VÁZQUEZ, Rocío. Os erros na oralidade e o feedback corretivo: crenças e ações de duas professoras de espanhol para aprendizes brasileiros. 2019. 190 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Autor
Morales Vázquez, Rocío
Institución
Resumen
Esta pesquisa investiga as crenças e ações referentes ao feedback corretivo fornecido
pelos professores de espanhol como língua estrangeira (LE) em relação aos erros da
oralidade cometidos por seus alunos, baseando-nos em Barcelos (2004; 2007; 2010),
Conceição (2004) e Mukai (2012; 2014) para o estudo das crenças, Borg (2009),
Gabillon (2012) e Phipps e Borg (2009) para as crenças dos professores em particular;
em Krashen (1982), Mukai (2009), Ortiz Álvarez (2012), Selinker (1972) e Swain
(1995) para o estudo do erro; e em Battistella (2015), Lyster e Ranta (1997), Lyster e
Saito (2010), Lyster, Saito e Saito (2012) e Menti (2003; 2006) para o estudo do
feedback corretivo da oralidade dentre outros. As conexões entre crenças e ações são
estudadas sob a perspectiva da relação hermenêutica (BARCELOS, 2010;
RICHARDSON, 1996) e analisadas procurando concordâncias e discrepâncias entre as
mesmas, visando à compreensão destas últimas. A pesquisa, seguindo os princípios do
método qualitativo, é um estudo de caso interpretativista com duas participantes, e
realizou-se seguindo a abordagem contextual das pesquisas sobre crenças. O contexto
de pesquisa foi uma escola de línguas vinculada a uma universidade pública do Distrito
Federal, e nele realizou-se a coleta de dados mediante observação de aula, notas de
campo, diário de anotações das participantes da pesquisa, questionário semiestruturado
e entrevista individual semiestruturada. Após a análise dos dados, verificou-se que as
professoras de espanhol acreditam que o erro é um elemento inerente à aprendizagem de
línguas e que o feedback corretivo pode trazer benefícios, como a reflexão sobre o erro.
Por outro lado, as suas crenças centrais, baseadas na experiência enquanto alunas,
expressam seus receios sobre as influências que o feedback corretivo pode ter na
dimensão afetiva do aluno. O feedback fornecido pelas professoras foi quase que
exclusivamente via recast no caso de uma das participantes e no caso da outra, houve
predomínio do recast, seguido do pedido de esclarecimento. Por último, na relação entre
crenças e ações, identificou-se a influência das primeiras nas segundas, e olharam-se as
concordâncias e discrepâncias entre as crenças identificadas e as ações observadas.
Houve um maior número de concordâncias, entendendo-se que os fatores contextuais
permitem que exista uma relação harmônica entre crenças e ações. As discrepâncias
foram compreendidas levando em consideração a constituição do sistema de crenças das
professoras no qual existem crenças centrais e periféricas, sendo que as primeiras
apresentaram-se como fortes influências quando se trata de realizar escolhas sobre o
feedback corretivo fornecido.